14 outubro 2008
Uma Lenda (e um Tributo a Brahms)
É manhã. Eu caminho pelo campo para descobrir o que é que me observa. E o campo é verde, vivo e vasto. Alguém, alguma coisa, algum ser, de forma permanente e misteriosa, oculto sob o invisível, vigia-me cheio de presságios... É aurora e o sol sobe. E a aurora é bela e fria. No céu imensamente azul, no céu estranhamente azul, uma grande ave paira sobre meus sonhos. É ela que me observa? Porém, quem é que toca a Sinfonia nº. 1 de Brahms? Sim, porque vibra essa obra em meus tímpanos, porém não sei de onde ela nasce.
Dos grandes e roxos olhos da ave eu fito a saudade. E a ave parte ao longe sob o sol que brilha e assim percebo que não é ela que me observa. O sol brilha. O orbe imperador nosso, doador de toda a vida, também mantém fixo seus olhos de luz, fogo e raio sobre minha consciência. Mas não é ele que me observa. À medida que caminho por entre flores e enxames de borboletas, vejo que o astro solar sobe no empíreo, cintila sobre a tranqüilidade escura e iminente das antigas folhas das árvores das matas que avisto ao longe. E a cintilar nas femininas árvores, o sol proclama com cristalinas trombetas que não é ele que me observa, porque ele somente o faz durante o dia, e quem me observa o fará eternamente... Porém, quem é que toca o concerto para piano nº. 2 de Brahms? Sim, porque vibra essa obra em meus tímpanos, mas não sei de onde ela nasce.
Vem uma névoa. Névoa densa e fria e longa e bela. Um céu nublado que amorteceu a luz solar. E o sol se mortifica em benefício à sombra. Um gelado estremecimento anímico traz consigo um inconcebível enigma... Que almas são aquelas que diviso flutuando invisíveis por entre a neblina? Uma dança de espectros assoma solene ascendendo em alto cedro negro. Espíritos brancos e pálidos valsam e miram meus olhos, mas não são eles que me observam, apesar de tão fantástico espetáculo. Quem é que berra dentro do bosque? Bosque em sonhos, sombrio. Contudo não sou eu que sonho...
É Tarde. Acho que parte minha inspiração, ainda que permaneça ouvindo tantos gritos e grunhidos e rugidos e urros e gemidos e lamentos e murmúrios e sussurros que caem e sobem, que vão e voltam, que voam e brilham, que crescem e morrem, que dançam e beijam na tarde em névoa da mata estranha. E sei que não são essas coisas que me observam. Há segredos e arcanos inacessíveis por trás de tão largo labirinto. Porém, quem é que toca o quarteto para piano e cordas nº. 3 de Brahms? Sim, porque vibra essa obra em meus tímpanos, mas não sei de onde ela nasce.
Ali corre um gato-do-mato. Escondeu-se atrás de um cipreste. Que nuvens etéreas se evolam daquele cipreste, carregadas da mais intensa paixão desesperada?... No entanto, a paixão não é minha. Acho que perco minha paixão. Sei que a vertigem em um dos galhos do cipreste mergulha na emotividade psíquica daquelas nuvens vermelhas que não sei de onde caem. Só sei que não existem ciprestes em nossas matas nativas... Portanto, não é nem o gato nem o cipreste que me observam. E nem mesmo aquele ser inclassificável que agora cruza montado em um lobo-guará. Porque eu o conheço. Avistando as longínquas colinas e coxilhas longas e adormecidas sob as nuvens densas, tensas, nervosas e carregadas, eu sei que não é ele. Seu sorriso não me engana. Eu, um cavaleiro de uma coroa perdida há muitos séculos, fitando os cavalos e as ovelhas pastarem ao longe... Sei que não pode ser ele.
Que inverno magnífico e trágico! Vejo teus olhos com febre nos horizontes. Olhos que choram e sangram lilases. Talvez sejam eles que me observam. Talvez eu esteja atingindo o ápice do segredo, o auge de todos os enigmas e mistérios... Porém, quem é que toca o Réquiem de Brahms? Sim, porque vibra essa obra em meus tímpanos, mas não sei de onde ela nasce.
A névoa se dissipa. Meu coração se acalma e segue batendo lento, muito lento, sublimemente lento, canhestramente lento. Já não sou mais eu. Sinto saudades do que não foi. Aqueles perfumes balsâmicos dos pântanos e arbustos já assombrados e alarmados surgem etéreos, enquanto o sol asfixiado em incensos desmaia cantando no chumbo, no verde, no rosa, no roxo do céu do crepúsculo romântico. Simultaneamente aos berros do sapo, uma lua titânica surge em plenilúnio, fantasmagórica e espectralmente, ascendendo rápido por entre céus e nimbos. Inauditamente amarela e dourada. Uma lua noturna nasce triunfante e lacrimosa. Quantos anseios e ânsias, e desejos e sonhos cavalgam com ela em dramático tropel? Meu Deus, quem é que me observa? E quantos fantasmas gemem e violinam no crepúsculo que avança? E quantos seres que não sei que seres são valsam nas nuvens avermelhadas, arroxeadas, acinzentadas e inflamadas na noite que ainda não é? Que Dança Fatal é esta que me alucina? É divina ou diabólica? Porém, quem é que toca o quinteto op. 30 de Brahms? Sim, porque vibra essa obra em meus tímpanos, mas não sei de onde ela nasce.
E aquela lua onírica que me observa? E aquela lua de vinho? E o morcego ruflando? E a coruja agourando? Aquela lua de sangue... Aquela lua de lábio... Aquela lua de Eros... Aquela lua de alma... Aquela lua de olhos... Aquela lua que é tua. Mas não é ela que me vigia, que me contempla, que me observa. Aquela lua não é a lua. Não é o satélite da Terra. Aquela lua é um sinal, é um arcanjo, é um trono. Aquela lua é tua deusa! E dela pingam sonhos melancólicos. Gotejam grotescos sentimentalismos. Gotejam olhos e tristezas, tristezas que não têm fim... Olhos e tristezas góticas que se calamitam. Vejo fantasmas rubros ao redor da lua se abraçando sobre árvores velhas, estranhamente velhas, nunca-vistamente verdes. Meu Deus, quem é que me observa? Ainda não é noite, é quase. Subindo, eu fito uma lua menstruada de onde partem sussurros e músicas em surdina, e cantos de mortuários espíritos, e sonhos de amores fatais, e febres de corações inflamados, e tragédias de sublimes éteres do espaço infinito, da eternidade que assombra e apaixona, de beijos sangüíneos na boca, na língua, que pairam nos outonos tristonhos. Vejo olhos em todos os cantos, em todos os rios, em todas as matas, em todos os céus, em todos os seres! Meu Deus, quem é que me observa? E quem é que toca Brahms? Quem é que toca Brahms numa tempestade apocalíptica, a febre de Brahms, a fúria de Brahms, o sonho de Brahms! Meu Deus! quem é que toca, quem é que me observa? A Tristeza? A Tragédia? A Força? A Paixão? De Brahms? Que jamais se rende, que jamais se verga, que jamais se entrega!
Sim, porque vibra a Sinfonia nº. 4 de Brahms em meus tímpanos, e agora eu sei de onde ela nasce... É tu que tocas, é tu que me observas...
É Noite. E pela primeira vez sinto medo, pois estou no escuro da Noite e sei que é tu que me observas... Eu sigo meu caminho, olhando-te, e tenho medo...
Dos grandes e roxos olhos da ave eu fito a saudade. E a ave parte ao longe sob o sol que brilha e assim percebo que não é ela que me observa. O sol brilha. O orbe imperador nosso, doador de toda a vida, também mantém fixo seus olhos de luz, fogo e raio sobre minha consciência. Mas não é ele que me observa. À medida que caminho por entre flores e enxames de borboletas, vejo que o astro solar sobe no empíreo, cintila sobre a tranqüilidade escura e iminente das antigas folhas das árvores das matas que avisto ao longe. E a cintilar nas femininas árvores, o sol proclama com cristalinas trombetas que não é ele que me observa, porque ele somente o faz durante o dia, e quem me observa o fará eternamente... Porém, quem é que toca o concerto para piano nº. 2 de Brahms? Sim, porque vibra essa obra em meus tímpanos, mas não sei de onde ela nasce.
Vem uma névoa. Névoa densa e fria e longa e bela. Um céu nublado que amorteceu a luz solar. E o sol se mortifica em benefício à sombra. Um gelado estremecimento anímico traz consigo um inconcebível enigma... Que almas são aquelas que diviso flutuando invisíveis por entre a neblina? Uma dança de espectros assoma solene ascendendo em alto cedro negro. Espíritos brancos e pálidos valsam e miram meus olhos, mas não são eles que me observam, apesar de tão fantástico espetáculo. Quem é que berra dentro do bosque? Bosque em sonhos, sombrio. Contudo não sou eu que sonho...
É Tarde. Acho que parte minha inspiração, ainda que permaneça ouvindo tantos gritos e grunhidos e rugidos e urros e gemidos e lamentos e murmúrios e sussurros que caem e sobem, que vão e voltam, que voam e brilham, que crescem e morrem, que dançam e beijam na tarde em névoa da mata estranha. E sei que não são essas coisas que me observam. Há segredos e arcanos inacessíveis por trás de tão largo labirinto. Porém, quem é que toca o quarteto para piano e cordas nº. 3 de Brahms? Sim, porque vibra essa obra em meus tímpanos, mas não sei de onde ela nasce.
Ali corre um gato-do-mato. Escondeu-se atrás de um cipreste. Que nuvens etéreas se evolam daquele cipreste, carregadas da mais intensa paixão desesperada?... No entanto, a paixão não é minha. Acho que perco minha paixão. Sei que a vertigem em um dos galhos do cipreste mergulha na emotividade psíquica daquelas nuvens vermelhas que não sei de onde caem. Só sei que não existem ciprestes em nossas matas nativas... Portanto, não é nem o gato nem o cipreste que me observam. E nem mesmo aquele ser inclassificável que agora cruza montado em um lobo-guará. Porque eu o conheço. Avistando as longínquas colinas e coxilhas longas e adormecidas sob as nuvens densas, tensas, nervosas e carregadas, eu sei que não é ele. Seu sorriso não me engana. Eu, um cavaleiro de uma coroa perdida há muitos séculos, fitando os cavalos e as ovelhas pastarem ao longe... Sei que não pode ser ele.
Que inverno magnífico e trágico! Vejo teus olhos com febre nos horizontes. Olhos que choram e sangram lilases. Talvez sejam eles que me observam. Talvez eu esteja atingindo o ápice do segredo, o auge de todos os enigmas e mistérios... Porém, quem é que toca o Réquiem de Brahms? Sim, porque vibra essa obra em meus tímpanos, mas não sei de onde ela nasce.
A névoa se dissipa. Meu coração se acalma e segue batendo lento, muito lento, sublimemente lento, canhestramente lento. Já não sou mais eu. Sinto saudades do que não foi. Aqueles perfumes balsâmicos dos pântanos e arbustos já assombrados e alarmados surgem etéreos, enquanto o sol asfixiado em incensos desmaia cantando no chumbo, no verde, no rosa, no roxo do céu do crepúsculo romântico. Simultaneamente aos berros do sapo, uma lua titânica surge em plenilúnio, fantasmagórica e espectralmente, ascendendo rápido por entre céus e nimbos. Inauditamente amarela e dourada. Uma lua noturna nasce triunfante e lacrimosa. Quantos anseios e ânsias, e desejos e sonhos cavalgam com ela em dramático tropel? Meu Deus, quem é que me observa? E quantos fantasmas gemem e violinam no crepúsculo que avança? E quantos seres que não sei que seres são valsam nas nuvens avermelhadas, arroxeadas, acinzentadas e inflamadas na noite que ainda não é? Que Dança Fatal é esta que me alucina? É divina ou diabólica? Porém, quem é que toca o quinteto op. 30 de Brahms? Sim, porque vibra essa obra em meus tímpanos, mas não sei de onde ela nasce.
E aquela lua onírica que me observa? E aquela lua de vinho? E o morcego ruflando? E a coruja agourando? Aquela lua de sangue... Aquela lua de lábio... Aquela lua de Eros... Aquela lua de alma... Aquela lua de olhos... Aquela lua que é tua. Mas não é ela que me vigia, que me contempla, que me observa. Aquela lua não é a lua. Não é o satélite da Terra. Aquela lua é um sinal, é um arcanjo, é um trono. Aquela lua é tua deusa! E dela pingam sonhos melancólicos. Gotejam grotescos sentimentalismos. Gotejam olhos e tristezas, tristezas que não têm fim... Olhos e tristezas góticas que se calamitam. Vejo fantasmas rubros ao redor da lua se abraçando sobre árvores velhas, estranhamente velhas, nunca-vistamente verdes. Meu Deus, quem é que me observa? Ainda não é noite, é quase. Subindo, eu fito uma lua menstruada de onde partem sussurros e músicas em surdina, e cantos de mortuários espíritos, e sonhos de amores fatais, e febres de corações inflamados, e tragédias de sublimes éteres do espaço infinito, da eternidade que assombra e apaixona, de beijos sangüíneos na boca, na língua, que pairam nos outonos tristonhos. Vejo olhos em todos os cantos, em todos os rios, em todas as matas, em todos os céus, em todos os seres! Meu Deus, quem é que me observa? E quem é que toca Brahms? Quem é que toca Brahms numa tempestade apocalíptica, a febre de Brahms, a fúria de Brahms, o sonho de Brahms! Meu Deus! quem é que toca, quem é que me observa? A Tristeza? A Tragédia? A Força? A Paixão? De Brahms? Que jamais se rende, que jamais se verga, que jamais se entrega!
Sim, porque vibra a Sinfonia nº. 4 de Brahms em meus tímpanos, e agora eu sei de onde ela nasce... É tu que tocas, é tu que me observas...
É Noite. E pela primeira vez sinto medo, pois estou no escuro da Noite e sei que é tu que me observas... Eu sigo meu caminho, olhando-te, e tenho medo...
09 outubro 2008
Sempre...
I
ah o ato oculto
de fechar os olhos
som
de sonhos sonho em alma
vou
e sono-me em descanso e réquiem
e já não sou-me
anoiteço e tecem-me
a lua o livre o longe
onde serei o ser no sempre
e meus versos serei eu contigo
no que deixo estou-me eterno
e ao não-ser meu ser te digo...
II
ah o ato alado
de abrir os olhos...
sol
de volta envolto em aura
sou
e vôo-me em coragem e Brahms
e no tudo fico-me
amanheço e criam-me
a luz o livro a lenda
onde serei o ser no agora
nos meus versos serei eu comigo
e no que deixo estou-te amando
e sempre em ser serei contigo
ah o ato oculto
de fechar os olhos
som
de sonhos sonho em alma
vou
e sono-me em descanso e réquiem
e já não sou-me
anoiteço e tecem-me
a lua o livre o longe
onde serei o ser no sempre
e meus versos serei eu contigo
no que deixo estou-me eterno
e ao não-ser meu ser te digo...
II
ah o ato alado
de abrir os olhos...
sol
de volta envolto em aura
sou
e vôo-me em coragem e Brahms
e no tudo fico-me
amanheço e criam-me
a luz o livro a lenda
onde serei o ser no agora
nos meus versos serei eu comigo
e no que deixo estou-te amando
e sempre em ser serei contigo
06 outubro 2008
Marcha Fúnebre
meus olhos-clima de fim
fim-lábio negro de lua
lua que rosa meus lagos
lagos de valsas aos gritos
gritos com sono no sangue
sangue de pulsos me selam
selam meus braços e caem
caem os abraços na luz
luz que te perco e me sonha
sonha em teu canto entre noite
noite tua alma me espia
espia orando e de beijos
beijos de fim nos meus olhos
fim-lábio negro de lua
lua que rosa meus lagos
lagos de valsas aos gritos
gritos com sono no sangue
sangue de pulsos me selam
selam meus braços e caem
caem os abraços na luz
luz que te perco e me sonha
sonha em teu canto entre noite
noite tua alma me espia
espia orando e de beijos
beijos de fim nos meus olhos
04 outubro 2008
03 outubro 2008
Homenagem
Meu grande amigo Oracy publicou mais uma homenagem a mim no jornal Expresso Ilustrado (o jornal de melhor conteúdo do Estado, diga-se de passagem). Agradeço então ao nosso maior poeta pela sua imensa preocupação comigo e por mais essa demonstração de como sou importante para ele, dedicando seu precioso tempo para me engrandecer perante a culta população santiaguense, tempo esse que ele poderia ter destinado a domar pulgas, por exemplo. Abaixo, está mais uma pérola de Dornelles:
"Vem de novo o exu sem mácula,
Poe dos pobres, nauseabundo,
Vem pregando o fim do mundo,
Esse Mordomo do Drácula."
Permita-me, amigo Oracy, uma pequena análise, nunca uma crítica. Vejamos o termo, "exu sem mácula". Incrível, sou algo absolutamente original, um exu puro, sem mácula! Isso existe? Só mesmo eu, gênio da literatura fantástica, para ser algo que não existe.
Agora, analisemos "Poe dos pobres". Nossa, Oracy, eu não mereço tanto. Comparar-me a Poe! Não chego nem aos pés de Poe, e o meu amigo me chama de Poe dos pobres, ou seja, sou o Poe do Brasil, dos brasileiros!!! Meu Deus! Assim vou ficar "me achando".
"Vem pregando o fim do mundo"... Quase isso: alerto sobre o fim dessa humanidade. Mas eu entendo, para um neoparnasiano como meu amigo Oracy, a rima está acima de tudo, tem que rimar com "nauseabundo."
E, finalmente, "Mordomo de Drácula". Bem, esse meu título já é clássico, já virou lenda, tanto que sou Mordomo com letra maiúscula. É a força da poesia de Oracy. Apenas uma correção, se me permitir, amigo: Drácula não tinha mordomo, é só ler o livro de Bram Stoker. Que pena, meu sonho era ser mordomo dele...
Ah, só não gostei duma coisa: essa rima de "Drácula" com "mácula", já está muito batida, é a 3ª vez que você a usa, Oracy. Que tal da próxima vez usar gárgula no lugar de mácula? Eu sei, não é perfeita, mas semanticamente ficará mais próxima de Drácula. Mas por favor, use Drácula, não posso deixar de ser seu mordomo.
Obrigado, Oracy, muito obrigado! Eu me divirto muito com você, sem dúvida, é merecido seu trono em Santiago: nosso maior piadista. E de lambuja, dono de um útil e expressivo circo, idolatrado pela profundidade da mídia. Definitivamente, o mundo precisa dessas comicidades. O que seria do mundo sem seus poemas morfológicos, por exemplo? Neles você usou a linguagem mais moderna possível, a saber, o miguxês, que é aquela com que os miguxos da internet se comunicam, enchendo as palavras de frescuras ultramodernas. Até pensei em fazer um poema para você, Oracy, mas não tenho talento suficiente, fiquei só no título, que seria: "Orassyh, mheuh mhayor mhyghuxu". Habhrassoz!
"Vem de novo o exu sem mácula,
Poe dos pobres, nauseabundo,
Vem pregando o fim do mundo,
Esse Mordomo do Drácula."
Permita-me, amigo Oracy, uma pequena análise, nunca uma crítica. Vejamos o termo, "exu sem mácula". Incrível, sou algo absolutamente original, um exu puro, sem mácula! Isso existe? Só mesmo eu, gênio da literatura fantástica, para ser algo que não existe.
Agora, analisemos "Poe dos pobres". Nossa, Oracy, eu não mereço tanto. Comparar-me a Poe! Não chego nem aos pés de Poe, e o meu amigo me chama de Poe dos pobres, ou seja, sou o Poe do Brasil, dos brasileiros!!! Meu Deus! Assim vou ficar "me achando".
"Vem pregando o fim do mundo"... Quase isso: alerto sobre o fim dessa humanidade. Mas eu entendo, para um neoparnasiano como meu amigo Oracy, a rima está acima de tudo, tem que rimar com "nauseabundo."
E, finalmente, "Mordomo de Drácula". Bem, esse meu título já é clássico, já virou lenda, tanto que sou Mordomo com letra maiúscula. É a força da poesia de Oracy. Apenas uma correção, se me permitir, amigo: Drácula não tinha mordomo, é só ler o livro de Bram Stoker. Que pena, meu sonho era ser mordomo dele...
Ah, só não gostei duma coisa: essa rima de "Drácula" com "mácula", já está muito batida, é a 3ª vez que você a usa, Oracy. Que tal da próxima vez usar gárgula no lugar de mácula? Eu sei, não é perfeita, mas semanticamente ficará mais próxima de Drácula. Mas por favor, use Drácula, não posso deixar de ser seu mordomo.
Obrigado, Oracy, muito obrigado! Eu me divirto muito com você, sem dúvida, é merecido seu trono em Santiago: nosso maior piadista. E de lambuja, dono de um útil e expressivo circo, idolatrado pela profundidade da mídia. Definitivamente, o mundo precisa dessas comicidades. O que seria do mundo sem seus poemas morfológicos, por exemplo? Neles você usou a linguagem mais moderna possível, a saber, o miguxês, que é aquela com que os miguxos da internet se comunicam, enchendo as palavras de frescuras ultramodernas. Até pensei em fazer um poema para você, Oracy, mas não tenho talento suficiente, fiquei só no título, que seria: "Orassyh, mheuh mhayor mhyghuxu". Habhrassoz!
02 outubro 2008
Tal Vez
eu amo...
mas afinal o que eu amo?
a luz de nadas
que pulsa em vinhos de vida essências?
talvez um sonho
de fogo verbo que corre em sangues?
um olho em anjos
que em eternos morre ao som de céus?
talvez um erro
que dorme em mortes de amor e noite?
segredo e medo
em lago e mares que vibram ao longe?
talvez um verso
de tudo aquilo que em flores paira?
um rio de cosmos
que nasce em beijos de Deus e Deusa?
mas o que eu amo ao final?
Tua Alma.
mas afinal o que eu amo?
a luz de nadas
que pulsa em vinhos de vida essências?
talvez um sonho
de fogo verbo que corre em sangues?
um olho em anjos
que em eternos morre ao som de céus?
talvez um erro
que dorme em mortes de amor e noite?
segredo e medo
em lago e mares que vibram ao longe?
talvez um verso
de tudo aquilo que em flores paira?
um rio de cosmos
que nasce em beijos de Deus e Deusa?
mas o que eu amo ao final?
Tua Alma.
30 setembro 2008
Um Pouco Sobre Alienígenas e Narcisismo
“Ó hipócrita leitor, meu igual, meu irmão!”
Baudelaire
Já publiquei aqui no blog algumas pinturas antigas, de séculos atrás, onde ocorrem, de forma bastante evidente, alguns objetos voadores não identificados, sendo que vários se aparentam assombrosamente com naves espaciais. Acima, está o quadro "A Madonna e o Menino", de Fellippo Lippi (séc.XV). Tal fato é mais um forte indício de que o aparecimento de OVNIS não é algo exclusivo dos séculos XX e XXI. Para muitos, a existência de seres alienígenas é uma piada, uma alucinação de alguns (é incrível como algumas pessoas explicam como “alucinação” tudo o que não podem explicar, talvez pela comodidade: é “alucinação”, e pronto!), mas para mim é algo lógico, evidente.
Creio que a não aceitação de seres alienígenas é mais um capítulo da “novela” de nosso narcisismo. De fato, a humanidade é quase que cem por cento egoísta. E todos nós somos, em maior ou menor grau, narcisistas. Negá-lo é um absurdo, reflete uma total ausência de auto-observação. Acusar alguém de ser narcisista é, no mínimo, uma contradição e uma hipocrisia. A diferença, é que alguns estão conscientes de seu narcisismo, e lutam contra ele até onde é possível e necessário. Outros não.
No entanto, muitas manifestações mais amplas e gerais desse narcisismo não são percebidas ou comentadas. Adoramos nosso próprio umbigo individual ou coletivamente. Tal afirmação pode ser aplicada a um simples indivíduo que anseia por adorar-se de alguma forma, ou até mesmo a toda a civilização, desde os tempos em que se julgava a Terra como centro do universo. Hoje, sabemos que não somos o centro, contudo agora transferimos essa crença egocêntrica para a idéia de que a humanidade é a única civilização inteligente em um universo onde existe um número infinito de mundos. No fundo, permanecemos com o conceito de que a Terra é o centro do universo, apenas houve uma mudança de foco, do planeta para a sua humanidade.
E cremos que os extraterrestres, se existirem, necessariamente são seres que devem satisfações a nós, que são obrigados a responder aos sinais que enviamos ao espaço, que devem declarar abertamente a nosso povo de víboras altamente confiáveis: “Olá, nós estamos aqui!” Se não respondem, é porque não existem. Estamos seguros que somos os seres mais evoluídos e inteligentes do cosmos, dotados de uma insuperável auto-suficiência intelectual e científica, e jamais passaria por nossas mentalidades pequenas e arrogantes que um ser alienígena pudesse não estar interessado em fazer contato com uma civilização atrasada, decadente, perversa e suicida como a nossa, e que preferisse estudar-nos como se estudam animais: um animal não sabe que está sendo estudado...
Tal pensamento, o de que os extraterrestres para existirem devem entrar em contato conosco normalmente, de que devem satisfações a nós, é o grau máximo de narcisismo.
Baudelaire
Já publiquei aqui no blog algumas pinturas antigas, de séculos atrás, onde ocorrem, de forma bastante evidente, alguns objetos voadores não identificados, sendo que vários se aparentam assombrosamente com naves espaciais. Acima, está o quadro "A Madonna e o Menino", de Fellippo Lippi (séc.XV). Tal fato é mais um forte indício de que o aparecimento de OVNIS não é algo exclusivo dos séculos XX e XXI. Para muitos, a existência de seres alienígenas é uma piada, uma alucinação de alguns (é incrível como algumas pessoas explicam como “alucinação” tudo o que não podem explicar, talvez pela comodidade: é “alucinação”, e pronto!), mas para mim é algo lógico, evidente.
Creio que a não aceitação de seres alienígenas é mais um capítulo da “novela” de nosso narcisismo. De fato, a humanidade é quase que cem por cento egoísta. E todos nós somos, em maior ou menor grau, narcisistas. Negá-lo é um absurdo, reflete uma total ausência de auto-observação. Acusar alguém de ser narcisista é, no mínimo, uma contradição e uma hipocrisia. A diferença, é que alguns estão conscientes de seu narcisismo, e lutam contra ele até onde é possível e necessário. Outros não.
No entanto, muitas manifestações mais amplas e gerais desse narcisismo não são percebidas ou comentadas. Adoramos nosso próprio umbigo individual ou coletivamente. Tal afirmação pode ser aplicada a um simples indivíduo que anseia por adorar-se de alguma forma, ou até mesmo a toda a civilização, desde os tempos em que se julgava a Terra como centro do universo. Hoje, sabemos que não somos o centro, contudo agora transferimos essa crença egocêntrica para a idéia de que a humanidade é a única civilização inteligente em um universo onde existe um número infinito de mundos. No fundo, permanecemos com o conceito de que a Terra é o centro do universo, apenas houve uma mudança de foco, do planeta para a sua humanidade.
E cremos que os extraterrestres, se existirem, necessariamente são seres que devem satisfações a nós, que são obrigados a responder aos sinais que enviamos ao espaço, que devem declarar abertamente a nosso povo de víboras altamente confiáveis: “Olá, nós estamos aqui!” Se não respondem, é porque não existem. Estamos seguros que somos os seres mais evoluídos e inteligentes do cosmos, dotados de uma insuperável auto-suficiência intelectual e científica, e jamais passaria por nossas mentalidades pequenas e arrogantes que um ser alienígena pudesse não estar interessado em fazer contato com uma civilização atrasada, decadente, perversa e suicida como a nossa, e que preferisse estudar-nos como se estudam animais: um animal não sabe que está sendo estudado...
Tal pensamento, o de que os extraterrestres para existirem devem entrar em contato conosco normalmente, de que devem satisfações a nós, é o grau máximo de narcisismo.
28 setembro 2008
Não Sou Eu que Te Digo
ali onde sentem e pensam que eu estou
não sou eu que sinto e penso por ali
aquele que me vêem
não sou eu
ali vêem restos de céu
ali vêm rastos de inferno
e no vale onde me encontro
que não vale
porque nunca me encontrei
encontro todos que não eu
encontro nada que nem eu
e eu fui tudo que não fui
pois o ser que sou
de oculto dever ser
esse ser não é eu
mas é o que sou
tudo que me voa sobre mim
é ali onde me estou
e esses versos que te digo
sou eu que te escrevo
mas não sou eu que te digo
não sou eu que sinto e penso por ali
aquele que me vêem
não sou eu
ali vêem restos de céu
ali vêm rastos de inferno
e no vale onde me encontro
que não vale
porque nunca me encontrei
encontro todos que não eu
encontro nada que nem eu
e eu fui tudo que não fui
pois o ser que sou
de oculto dever ser
esse ser não é eu
mas é o que sou
tudo que me voa sobre mim
é ali onde me estou
e esses versos que te digo
sou eu que te escrevo
mas não sou eu que te digo
25 setembro 2008
Conhecimento Miserável
Barry Commoner, um dos maiores ambientalistas americanos e um dos primeiros a se preocupar com a questão ambiental nos EUA, afirmou: “Em minha opinião, a poluição ambiental reflete a falência da ciência moderna”. Não tenho dúvida quanto a isso. Sempre digo que a humanidade fracassou. Tivemos vitórias? Claro que sim. Beethoven foi uma delas. Goethe foi outra. Einstein, outra. Obviamente, também houve outras vitórias. No entanto, não foram suficientes para “salvar” a humanidade. No geral, caminhamos a passos rápidos e definitivos para a ruína final. É ostensível que o planeta não nos suportará por muito tempo. E poderíamos ter evitado. Se compreendêssemos antes o quanto ignoramos e desprezamos a alma do planeta, a nossa própria alma. Paguemos então o preço de nossos atos. Agora é tarde? Na minha humilde, trágica e radical opinião, sim. Virá outra humanidade depois? O tempo nos dirá.
De que nos serviu todo o conhecimento dito “científico”? Para nos enchermos dos maravilhosos bens que a tecnologia nos proporciona, e que só o dinheiro pode comprar? Existe sabedoria em uma ciência que só pode ser alcançada com o dinheiro? Em uma ciência que com todas suas quinquilharias tecnológicas em breve terá destruído nosso planeta? Sim, porque a ciência é o símbolo maior da humanidade. Se a humanidade se autoconsome, se comete um lento suicídio, é com seu maior instrumento: a ciência. Lógico que a culpa não é da ciência em si, mas do entendimento que os homens tiveram dela, do seu uso, da maneira como a humanidade encarou a ciência, como algo exclusivamente materialista, para domínio e usufruto egóico de suas potencialidades sobre a natureza, sobre o planeta. Não me saem da cabeça aquelas palavras cruéis, desumanas (ou demasiado humanas), perfidamente egoístas e materialistas de Descartes, aquele que foi um dos maiores responsáveis pelo desenvolvimento do pensamento “científico”: “o grito dos animais torturados em nome da ciência é como o som das máquinas de uma fábrica em funcionamento.” O que esperar de uma humanidade que pensa tal absurdo de seus irmãos menores? Só uma coisa: a destruição de toda a vida do planeta. E assim está sendo.
Agora a ciência quer provar a origem do universo com a construção do gigantesco acelerador de partículas. Condeno o projeto? Não. Condeno a arrogância da ciência, ao julgar que ela é o único caminho ao saber. Fico com a afirmação de Jung: “A ciência ocidental obscurece a visão quando apregoa que o único gênero de saber é o que está de acordo com ela.” Provavelmente, os senhores cientistas do referido projeto desconhecem que há milênios o Conhecimento Oculto, bem como algumas vetustas e esquecidas filosofias orientais, apregoa que houve um “big-bang” e uma expansão do universo. Einstein, no entanto, sabia disso. Preconiza tal Conhecimento que no início todas as coisas estavam unidas em um único conjunto, sem existirem. Então houve o que hoje chamaríamos de explosão, e que a expansão causada por ela seguirá até seu ponto máximo, quando então deverá regressar, o universo irá se encolher, até um ponto máximo de encolhimento, quando então voltará a “explodir” e se expandir novamente.
É o caráter cíclico de todo o universo, como o dia e a noite, como as estações, como todas as coisas, é o Eterno Retorno. Tudo volta e sempre voltará. Tudo. Isso já era de conhecimento dos antigos sábios. Mas é claro que a ciência jamais levaria um conhecimento não-mental, não-material a sério. Querem provas materiais, como se isso sempre fosse possível. Essa é a miséria da ciência: seu conhecimento alcança até onde alcançam suas máquinas. Até onde alcança o dinheiro. Por isso, é e será sempre pobre, tardio, limitado. Eu também já fui um fanático “científico”, mas percebi a esterilidade e impotência da ciência frente ao que eu mais queria saber.
E o Oculto dizia mais: dizia que durante o Dia Cósmico, ou na expansão do universo, tudo se separaria da energia original, e passaria a existir, inclusive materialmente. Segundo o próprio Einstein, energia não é igual à matéria? E na Noite Cósmica, no encolhimento do universo, tudo deixaria de existir e voltaria a se unir à energia original. Tudo voltaria ao “Seio de Deus”? Seria Deus essa energia original? E se todas as coisas provêm dessa energia, Deus não estaria em todas as coisas existentes? Enfim, seria Deus a união de todas as coisas que existem, muito além do Bem e do Mal? A esse período que abrange um Dia e uma Noite Cósmicos, os Antigos chamavam de Mahavantara, ou o Grande Dia. Quantos dias desses já vieram? E quantos virão?
Mas esse texto certamente será desprezado por muitos. Não é “científico”, não pode ser levado a sério. Porém, se os sabichões, junto com o restante da humanidade, que agora rirão de mim, entendessem o Equilíbrio Universal, não teriam destruído a vida na Terra, criando uma ciência que preconizou que poderíamos consumir infinitamente nosso planeta. Grande sabedoria... Mas é como sentenciou Goethe: “Na verdade, só se sabe aquilo que se sabe apenas para si mesmo.”
De que nos serviu todo o conhecimento dito “científico”? Para nos enchermos dos maravilhosos bens que a tecnologia nos proporciona, e que só o dinheiro pode comprar? Existe sabedoria em uma ciência que só pode ser alcançada com o dinheiro? Em uma ciência que com todas suas quinquilharias tecnológicas em breve terá destruído nosso planeta? Sim, porque a ciência é o símbolo maior da humanidade. Se a humanidade se autoconsome, se comete um lento suicídio, é com seu maior instrumento: a ciência. Lógico que a culpa não é da ciência em si, mas do entendimento que os homens tiveram dela, do seu uso, da maneira como a humanidade encarou a ciência, como algo exclusivamente materialista, para domínio e usufruto egóico de suas potencialidades sobre a natureza, sobre o planeta. Não me saem da cabeça aquelas palavras cruéis, desumanas (ou demasiado humanas), perfidamente egoístas e materialistas de Descartes, aquele que foi um dos maiores responsáveis pelo desenvolvimento do pensamento “científico”: “o grito dos animais torturados em nome da ciência é como o som das máquinas de uma fábrica em funcionamento.” O que esperar de uma humanidade que pensa tal absurdo de seus irmãos menores? Só uma coisa: a destruição de toda a vida do planeta. E assim está sendo.
Agora a ciência quer provar a origem do universo com a construção do gigantesco acelerador de partículas. Condeno o projeto? Não. Condeno a arrogância da ciência, ao julgar que ela é o único caminho ao saber. Fico com a afirmação de Jung: “A ciência ocidental obscurece a visão quando apregoa que o único gênero de saber é o que está de acordo com ela.” Provavelmente, os senhores cientistas do referido projeto desconhecem que há milênios o Conhecimento Oculto, bem como algumas vetustas e esquecidas filosofias orientais, apregoa que houve um “big-bang” e uma expansão do universo. Einstein, no entanto, sabia disso. Preconiza tal Conhecimento que no início todas as coisas estavam unidas em um único conjunto, sem existirem. Então houve o que hoje chamaríamos de explosão, e que a expansão causada por ela seguirá até seu ponto máximo, quando então deverá regressar, o universo irá se encolher, até um ponto máximo de encolhimento, quando então voltará a “explodir” e se expandir novamente.
É o caráter cíclico de todo o universo, como o dia e a noite, como as estações, como todas as coisas, é o Eterno Retorno. Tudo volta e sempre voltará. Tudo. Isso já era de conhecimento dos antigos sábios. Mas é claro que a ciência jamais levaria um conhecimento não-mental, não-material a sério. Querem provas materiais, como se isso sempre fosse possível. Essa é a miséria da ciência: seu conhecimento alcança até onde alcançam suas máquinas. Até onde alcança o dinheiro. Por isso, é e será sempre pobre, tardio, limitado. Eu também já fui um fanático “científico”, mas percebi a esterilidade e impotência da ciência frente ao que eu mais queria saber.
E o Oculto dizia mais: dizia que durante o Dia Cósmico, ou na expansão do universo, tudo se separaria da energia original, e passaria a existir, inclusive materialmente. Segundo o próprio Einstein, energia não é igual à matéria? E na Noite Cósmica, no encolhimento do universo, tudo deixaria de existir e voltaria a se unir à energia original. Tudo voltaria ao “Seio de Deus”? Seria Deus essa energia original? E se todas as coisas provêm dessa energia, Deus não estaria em todas as coisas existentes? Enfim, seria Deus a união de todas as coisas que existem, muito além do Bem e do Mal? A esse período que abrange um Dia e uma Noite Cósmicos, os Antigos chamavam de Mahavantara, ou o Grande Dia. Quantos dias desses já vieram? E quantos virão?
Mas esse texto certamente será desprezado por muitos. Não é “científico”, não pode ser levado a sério. Porém, se os sabichões, junto com o restante da humanidade, que agora rirão de mim, entendessem o Equilíbrio Universal, não teriam destruído a vida na Terra, criando uma ciência que preconizou que poderíamos consumir infinitamente nosso planeta. Grande sabedoria... Mas é como sentenciou Goethe: “Na verdade, só se sabe aquilo que se sabe apenas para si mesmo.”
23 setembro 2008
Algumas Grandes Frases para não serem Esquecidas...
“Os artistas estão, de fato, muito mais próximos da verdade que muitos cientistas.”
Richard Buckminster Fuller
“O mundo real escapuliu pelas malhas da rede da ciência.”
Alfred Whitehead
“Todas as coisas são metáforas.”
JohannVon Goethe
“Se queres compreender os milagres, deves começar por fazê-los tu mesmo.”
Ludwig Van Beethoven
“Na verdade, só se sabe aquilo que se sabe apenas para si mesmo.”
Johann Von Goethe
“O sábio chega à sabedoria sem erudição.”
Lao Tsé
“Se uma pessoa é porosa ou permeável o bastante para não acatar a noção de realidade aristotélico-tomista, que lhe é dada pela civilização ocidental, imediatamente entram em ação uma série de elementos, digamos fantásticos, que se tornam para ela tão naturais como somar dois mais dois.”
Júlio Cortazar
“A arte não reproduz o que vemos. Ela nos faz ver.”
Paul Klee
“Nada pode ser feito sem solidão.”
Pablo Picasso
“Convém fazer alguma loucura de vez em quando, para poder viver tranqüilo por um certo tempo.”
Johann Von Goethe
“Sustento que o sentimento religioso cósmico é a mais forte e a mais nobre motivação da pesquisa científica.”
Albert Einstein
“A psicanálise é uma doença mental que se considera seu próprio remédio.”
Karl Krauss
“O amor é um crime que não se pode realizar sem cúmplice.”
Charles Baudelaire
“A verdade é a melhor camuflagem. Ninguém acredita nela.”
Max Frisch
“A literatura é sempre uma expedição à verdade.”
Franz Kafka
“Cada ato de criação é antes de tudo um ato de destruição.”
Pablo Picasso
“Se as criaturas humanas tivessem sensibilidade, jamais ririam dos humoristas.”
Mário da Silva Brito
“A imaginação é a luz do mundo.”
Henri Van de Velde
“O artista é um tipo que pode ter duas opiniões fundamentalmente opostas ao mesmo tempo, e, apesar disso, continuar trabalhando.”
Francis Fitzgerald
“Nunca se deseja ardentemente o que somente se deseja pela razão.”
Duque de Rochefoucauld
“A música é uma manifestação superior à sabedoria da filosofia.”
Jean Cocteau
“A natureza nunca quebra suas próprias leis.”
Leonardo Da Vinci
“O homem que ouve a razão está perdido: ela escraviza todos aqueles pensamentos não suficientemente fortes para dominá-la.”
George Bernard Shaw
“Nada nos torna tão grandes como uma grande dor.”
Alfred de Musset
“O homem tem feito da terra um inferno para os animais.”
Arthur Schopenhauer
“Feliz aquele que chegou a conhecer as causas das coisas.”
Virgílio
“A melhor fonte de informações são as pessoas que prometeram não contar nada aos outros.”
Marcel Mart
“Só os pessimistas forjam o ferro enquanto está quente. Os otimistas confiam em que ele não esfrie.”
Peter Bamm
“Proibir algo é despertar o desejo.”
Michel de Montaigne
“Se a impressa não existisse, seria preciso NÃO inventá-la.”
Honoré de Balzac
“Fazer política é a arte de namorar homem.”
Rubem Braga
“A ciência se orgulha pelo muito que tem aprendido; a sabedoria é humilde pelo que sabe.”
William Cowper
“O homem é só um hóspede na Terra; sua vida, uma viagem limitada pelas tormentas.”
Vincent Van Gogh
“Perigoso é aquele que não tem nada a perder.”
Johann Von Goethe
“A felicidade está na ignorância da verdade.”
Giacomo Leopardi
“Não há delito maior que a audácia de se destacar.”
Winston Churchill
Richard Buckminster Fuller
“O mundo real escapuliu pelas malhas da rede da ciência.”
Alfred Whitehead
“Todas as coisas são metáforas.”
JohannVon Goethe
“Se queres compreender os milagres, deves começar por fazê-los tu mesmo.”
Ludwig Van Beethoven
“Na verdade, só se sabe aquilo que se sabe apenas para si mesmo.”
Johann Von Goethe
“O sábio chega à sabedoria sem erudição.”
Lao Tsé
“Se uma pessoa é porosa ou permeável o bastante para não acatar a noção de realidade aristotélico-tomista, que lhe é dada pela civilização ocidental, imediatamente entram em ação uma série de elementos, digamos fantásticos, que se tornam para ela tão naturais como somar dois mais dois.”
Júlio Cortazar
“A arte não reproduz o que vemos. Ela nos faz ver.”
Paul Klee
“Nada pode ser feito sem solidão.”
Pablo Picasso
“Convém fazer alguma loucura de vez em quando, para poder viver tranqüilo por um certo tempo.”
Johann Von Goethe
“Sustento que o sentimento religioso cósmico é a mais forte e a mais nobre motivação da pesquisa científica.”
Albert Einstein
“A psicanálise é uma doença mental que se considera seu próprio remédio.”
Karl Krauss
“O amor é um crime que não se pode realizar sem cúmplice.”
Charles Baudelaire
“A verdade é a melhor camuflagem. Ninguém acredita nela.”
Max Frisch
“A literatura é sempre uma expedição à verdade.”
Franz Kafka
“Cada ato de criação é antes de tudo um ato de destruição.”
Pablo Picasso
“Se as criaturas humanas tivessem sensibilidade, jamais ririam dos humoristas.”
Mário da Silva Brito
“A imaginação é a luz do mundo.”
Henri Van de Velde
“O artista é um tipo que pode ter duas opiniões fundamentalmente opostas ao mesmo tempo, e, apesar disso, continuar trabalhando.”
Francis Fitzgerald
“Nunca se deseja ardentemente o que somente se deseja pela razão.”
Duque de Rochefoucauld
“A música é uma manifestação superior à sabedoria da filosofia.”
Jean Cocteau
“A natureza nunca quebra suas próprias leis.”
Leonardo Da Vinci
“O homem que ouve a razão está perdido: ela escraviza todos aqueles pensamentos não suficientemente fortes para dominá-la.”
George Bernard Shaw
“Nada nos torna tão grandes como uma grande dor.”
Alfred de Musset
“O homem tem feito da terra um inferno para os animais.”
Arthur Schopenhauer
“Feliz aquele que chegou a conhecer as causas das coisas.”
Virgílio
“A melhor fonte de informações são as pessoas que prometeram não contar nada aos outros.”
Marcel Mart
“Só os pessimistas forjam o ferro enquanto está quente. Os otimistas confiam em que ele não esfrie.”
Peter Bamm
“Proibir algo é despertar o desejo.”
Michel de Montaigne
“Se a impressa não existisse, seria preciso NÃO inventá-la.”
Honoré de Balzac
“Fazer política é a arte de namorar homem.”
Rubem Braga
“A ciência se orgulha pelo muito que tem aprendido; a sabedoria é humilde pelo que sabe.”
William Cowper
“O homem é só um hóspede na Terra; sua vida, uma viagem limitada pelas tormentas.”
Vincent Van Gogh
“Perigoso é aquele que não tem nada a perder.”
Johann Von Goethe
“A felicidade está na ignorância da verdade.”
Giacomo Leopardi
“Não há delito maior que a audácia de se destacar.”
Winston Churchill
18 setembro 2008
Noite e Amor ( o mesmo poema abaixo, mas com os versos invertidos na ordem, do último para o primeiro)
e a minha língua alaga...
cala
solto beijo trago
ao largo
só teu beijo em lago
a tua flauta cala
cansa
que meu olho alcança
linda
tua língua líquida
a tua flauta lança
quando acendo velas
e a tua flauta vela
e a tua flauta fala
pelo sonho escuro
pelas tuas tranças
como um alvo anjo
e onde tu me danças
onde me lanço em canto
pela noite em claro
à rosa
bailas
pela sala em gala
nova
da tua lua nua
em lavas
a minha alma lava
celestial em treva
pra bem longe a alma
leva
pela noite leve
flores
a tua flauta aflora
lança
pela noite longa
flutua
louca
tua flauta dança
de lua
branca
minha fada
nua
flauta canta
tua
cala
solto beijo trago
ao largo
só teu beijo em lago
a tua flauta cala
cansa
que meu olho alcança
linda
tua língua líquida
a tua flauta lança
quando acendo velas
e a tua flauta vela
e a tua flauta fala
pelo sonho escuro
pelas tuas tranças
como um alvo anjo
e onde tu me danças
onde me lanço em canto
pela noite em claro
à rosa
bailas
pela sala em gala
nova
da tua lua nua
em lavas
a minha alma lava
celestial em treva
pra bem longe a alma
leva
pela noite leve
flores
a tua flauta aflora
lança
pela noite longa
flutua
louca
tua flauta dança
de lua
branca
minha fada
nua
flauta canta
tua
Amor e Noite
tua
flauta canta
nua
minha fada
branca
de lua
tua flauta dança
louca
flutua
pela noite longa
lança
a tua flauta aflora
flores
pela noite leve
leva
pra bem longe a alma
celestial em treva
a minha alma lava
em lavas
da tua lua nua
nova
pela sala em gala
baila
à rosa
pela noite em claro
onde me lanço em canto
e onde tu me danças
como um alvo anjo
pelas tuas tranças
eu me levo oculto
pelo sonho escuro
e a tua flauta fala
e a tua flauta vela
quando acendo velas
a tua flauta lança
tua língua líquida
linda
que meu olho alcança
cansa
a tua flauta cala
só teu beijo em lago
ao largo
solto beijo trago
cala
e a minha língua alaga...
flauta canta
nua
minha fada
branca
de lua
tua flauta dança
louca
flutua
pela noite longa
lança
a tua flauta aflora
flores
pela noite leve
leva
pra bem longe a alma
celestial em treva
a minha alma lava
em lavas
da tua lua nua
nova
pela sala em gala
baila
à rosa
pela noite em claro
onde me lanço em canto
e onde tu me danças
como um alvo anjo
pelas tuas tranças
eu me levo oculto
pelo sonho escuro
e a tua flauta fala
e a tua flauta vela
quando acendo velas
a tua flauta lança
tua língua líquida
linda
que meu olho alcança
cansa
a tua flauta cala
só teu beijo em lago
ao largo
solto beijo trago
cala
e a minha língua alaga...
13 setembro 2008
...
a
Evolução
não é não pode
ser eternamente eterna
nenhum dia se ilumina para sempre
não há noite que se afunde sem cessar
e o universo todo se expande ao seu auge
a seu extremo máximo de onde deve regressar
mas aos sábios otimistas é muito difícil
entender a mecânica grave e simples:
o humano é caduco e decadente
e já caem os dentes
da humanidade:
Involução
à
...
Evolução
não é não pode
ser eternamente eterna
nenhum dia se ilumina para sempre
não há noite que se afunde sem cessar
e o universo todo se expande ao seu auge
a seu extremo máximo de onde deve regressar
mas aos sábios otimistas é muito difícil
entender a mecânica grave e simples:
o humano é caduco e decadente
e já caem os dentes
da humanidade:
Involução
à
...
11 setembro 2008
06 setembro 2008
Poema Farto
estou farto de poeminhas sintéticos
de besteirinhas minimalistas
de piruetazinhas intelectuais
que falando pouco
não dizem nada
que o dizer da poesia
é o sentir
e eu já não sinto nada
em tantos cortes de palavras
que podaram a alma
e caparam o coração
se o Romantismo
libertou-me por dentro
e o Modernismo
me liberou por fora
irei me condenar agora
a uma prisão pós-moderna
esfriar meu sangue
no gelo estéril da mente
arrancar minhas asas
com a faca de cortar poemas?
se o leitor tem preguiça de ler
não é leitor
se não é leitor
não ama a poesia
se não ama a poesia
é melhor que nem leia
não farei piadinhas curtinhas
pra preguiçoso ler
não faço poemas
para serem entendidos
faço para serem sentidos
quem busca entender
não consegue sentir
não escrevo para inteligentes
escrevo para sensíveis
que por serem sensíveis
são mais inteligentes
que os que são só inteligentes:
a humanidade não precisa de inteligência
precisa é de alma
a poesia
dos últimos tempos
dispensará as brincadeiras do intelecto
para gravitar na gravidade
dos últimos tempos
da poesia
de besteirinhas minimalistas
de piruetazinhas intelectuais
que falando pouco
não dizem nada
que o dizer da poesia
é o sentir
e eu já não sinto nada
em tantos cortes de palavras
que podaram a alma
e caparam o coração
se o Romantismo
libertou-me por dentro
e o Modernismo
me liberou por fora
irei me condenar agora
a uma prisão pós-moderna
esfriar meu sangue
no gelo estéril da mente
arrancar minhas asas
com a faca de cortar poemas?
se o leitor tem preguiça de ler
não é leitor
se não é leitor
não ama a poesia
se não ama a poesia
é melhor que nem leia
não farei piadinhas curtinhas
pra preguiçoso ler
não faço poemas
para serem entendidos
faço para serem sentidos
quem busca entender
não consegue sentir
não escrevo para inteligentes
escrevo para sensíveis
que por serem sensíveis
são mais inteligentes
que os que são só inteligentes:
a humanidade não precisa de inteligência
precisa é de alma
a poesia
dos últimos tempos
dispensará as brincadeiras do intelecto
para gravitar na gravidade
dos últimos tempos
da poesia
01 setembro 2008
Pena de Morte
sem pena
a humanidade arrancou
as penas do planeta
devo agora
ter pena da humanidade...
ensangueviva
decandentriste
violetrágica
enquanto a Terra pena e morre...
romantinsana
erossombria
vampiritísica
o ser humano não vale a pena...
pesadeloso
enfebressento
agouritrófico
pois que se cumpra a pena...
lunanervosa
corvipressaga
fantasmagótica
sem pena.
a humanidade arrancou
as penas do planeta
devo agora
ter pena da humanidade...
ensangueviva
decandentriste
violetrágica
enquanto a Terra pena e morre...
romantinsana
erossombria
vampiritísica
o ser humano não vale a pena...
pesadeloso
enfebressento
agouritrófico
pois que se cumpra a pena...
lunanervosa
corvipressaga
fantasmagótica
sem pena.
28 agosto 2008
Poemas do Término e Contos do Fim 31
Já está sendo distribuída nos costumeiros pontos (em Santiago: Locadoras Fox e Classic, Biblioteca Pública, Sebo, Ponto Cópias, Biblioteca da Uri) a edição nº31 de meu zine. Este vem com o conto apocalíptico "Pela Última Vez", além de 6 poemas insensatos. O zine também pode ser encontrado em outras cidades, como Santa Maria/RS, Santo Ângelo/RS, Curitiba/PR, São Gonçalo/RJ, Goiana/PE, entre outras. Também pode ser enviado para qualquer cidade do Brasil e exterior gratuitamente, sendo apenas cobrada a taxa de envio.
25 agosto 2008
Receita Infalível Para Ter Sucesso na Vida
Bem, amigos, quero deixar minha contribuição para o progresso da humanidade, já que poemas e contos não servem para absolutamente nada, escrevo aqui algo bem mais útil. Vamos então a uma receita para se ter sucesso na vida, nada de muito novo, apenas um resumo prático para uso das pessoas em geral.
Dividirei minha receita em três pontos, que considero as condições fundamentais para se ter sucesso na vida, principalmente se a vida for vivida na Brasil, que é o país onde para tudo dá-se um jeito, mas também terá utilidade para as mais diversas regiões do planeta.
Obviamente, a primeira condição para o sucesso na vida é ter dinheiro, muito, de preferência. Bem, nesse caso, eu não preciso dar dica nenhuma, o dinheiro garante o sucesso por si só. Sim, se você possuir bastante grana, o sucesso está garantido, conseguirá qualquer emprego, o amor das mulheres, será respeitado, admirado e outras coisas mais. Claro, talvez essa “admiração” e “respeito” e “amor” sejam somente de fachada, hipocrisia, você sabe como é, as pessoas são interesseiras, mas devemos entender que essa é outra forma dos seres humanos terem seu merecido sucesso na vida , não devemos culpá-los, aliás, tratarei aqui também do puxa-saquismo, a 3ª condição para o sucesso.
Então, tendo dinheiro, fique absolutamente tranqüilo, seu sucesso está garantido. Por mais imbecil, ignorante, destituído de criatividade e imaginação, incompetente, inconfiável, estúpido que você seja, a sociedade olhará para a sua profundidade, quer dizer, para a profundidade do seu bolso, e abrirá suas portas com um sorriso no rosto.
Então, vamos para a 2ª condição. Bem, se você não tem dinheiro, deve possuir algum outro tipo de influência na sociedade. Geralmente a influência está indissociavelmente ligada ao dinheiro, mas há casos que não. Porém, digamos que você não possua nem dinheiro nem influência. Nesse caso, você deve ter um parente ou um amigo que tenha. Essa é a 2ª condição. Esse parente ou amigo vai lhe abrir as portas do sucesso. Apegue-se a ele, fale de seus problemas e ambições, diga que, como parente ou amigo, essa pessoa tem a obrigação moral de ajudar você. Assim é que se entra em empresas (mande um currículo para disfarçar, para dizer que você passou por uma “seleção” de mais de 1000 candidatos), que se entra em instituições públicas (esqueça os concursos, muitas vezes concursos são para enganar os trouxas). É assim que se obtêm as indicações mais diversas, tendo Q.I. Se você não possui o Q.I. antigo, já ultrapassado, o Quociente de Inteligência (que ninguém dá atenção), consiga o seu Q.I. contemporâneo, o Quem Indica, muito mais eficiente.
Então, aproveite o seu parente ou amigo rico e/ou influente, não desperdice essa chance de ser uma pessoa bem sucedida, por mais incapaz e idiota que você seja, o destino está do seu lado. Muitas vezes, quem possui Q.I, ou padrinho, como queiram, até acho esse termo mais doce e carinhoso, não precisa nem trabalhar, é só ir bater o ponto. E pronto!
Mas digamos que por fatalidade você não possua um parente ou amigo influente... Bem, aí as coisas se tornam um pouco mais difíceis para se obter o sucesso, mas não desista mesmo assim, seja otimista, pense positivo, as portas do mundo sempre se abrem para os otimistas. Mas é claro, você dever ir à luta, não espere que as coisas caiam do céu. Então, mãos à obra. O que você está esperando para ir puxar o saco de alguma pessoa rica e/ou influente? Ou está achando que só sendo inteligente, culto, competente, honesto, essas baboseiras todas, você vai conseguir o seu tão almejado sucesso na vida?
Puxar o saco é uma arte, das mais sublimes, eu diria. É preciso saber de quem puxar o saco, como fazê-lo, e em que momento. Tudo deve ser matematicamente planejado, calculado com mente fria, puxar o saco também exige talento e raciocínio lógico. O fingimento, a subserviência e a submissão, a falta de dignidade própria também são necessários. Quando for puxar o saco de alguém, nunca contrarie essa pessoa, ela deve ter sempre razão, mesmo que isso vá contra seus princípios. Aliás, esqueça esse negócio de princípios, ideais, isso é coisa de poetas retrógrados. Faça tudo o que a pessoa lhe mandar, bajule-a dia e noite, quem quer puxar o saco nunca pode dizer “não” ao bajulado. Claro, você pode falar mal dele, desde que seja pelas costas e com a certeza de que ninguém revelará o que você disse. Sabe como é, as pessoas são invejosas, queriam puxar o saco como você, mas não têm talento suficiente.
Ah, e não esqueça: estampe sempre um sorriso no rosto. Boa sorte!
Dividirei minha receita em três pontos, que considero as condições fundamentais para se ter sucesso na vida, principalmente se a vida for vivida na Brasil, que é o país onde para tudo dá-se um jeito, mas também terá utilidade para as mais diversas regiões do planeta.
Obviamente, a primeira condição para o sucesso na vida é ter dinheiro, muito, de preferência. Bem, nesse caso, eu não preciso dar dica nenhuma, o dinheiro garante o sucesso por si só. Sim, se você possuir bastante grana, o sucesso está garantido, conseguirá qualquer emprego, o amor das mulheres, será respeitado, admirado e outras coisas mais. Claro, talvez essa “admiração” e “respeito” e “amor” sejam somente de fachada, hipocrisia, você sabe como é, as pessoas são interesseiras, mas devemos entender que essa é outra forma dos seres humanos terem seu merecido sucesso na vida , não devemos culpá-los, aliás, tratarei aqui também do puxa-saquismo, a 3ª condição para o sucesso.
Então, tendo dinheiro, fique absolutamente tranqüilo, seu sucesso está garantido. Por mais imbecil, ignorante, destituído de criatividade e imaginação, incompetente, inconfiável, estúpido que você seja, a sociedade olhará para a sua profundidade, quer dizer, para a profundidade do seu bolso, e abrirá suas portas com um sorriso no rosto.
Então, vamos para a 2ª condição. Bem, se você não tem dinheiro, deve possuir algum outro tipo de influência na sociedade. Geralmente a influência está indissociavelmente ligada ao dinheiro, mas há casos que não. Porém, digamos que você não possua nem dinheiro nem influência. Nesse caso, você deve ter um parente ou um amigo que tenha. Essa é a 2ª condição. Esse parente ou amigo vai lhe abrir as portas do sucesso. Apegue-se a ele, fale de seus problemas e ambições, diga que, como parente ou amigo, essa pessoa tem a obrigação moral de ajudar você. Assim é que se entra em empresas (mande um currículo para disfarçar, para dizer que você passou por uma “seleção” de mais de 1000 candidatos), que se entra em instituições públicas (esqueça os concursos, muitas vezes concursos são para enganar os trouxas). É assim que se obtêm as indicações mais diversas, tendo Q.I. Se você não possui o Q.I. antigo, já ultrapassado, o Quociente de Inteligência (que ninguém dá atenção), consiga o seu Q.I. contemporâneo, o Quem Indica, muito mais eficiente.
Então, aproveite o seu parente ou amigo rico e/ou influente, não desperdice essa chance de ser uma pessoa bem sucedida, por mais incapaz e idiota que você seja, o destino está do seu lado. Muitas vezes, quem possui Q.I, ou padrinho, como queiram, até acho esse termo mais doce e carinhoso, não precisa nem trabalhar, é só ir bater o ponto. E pronto!
Mas digamos que por fatalidade você não possua um parente ou amigo influente... Bem, aí as coisas se tornam um pouco mais difíceis para se obter o sucesso, mas não desista mesmo assim, seja otimista, pense positivo, as portas do mundo sempre se abrem para os otimistas. Mas é claro, você dever ir à luta, não espere que as coisas caiam do céu. Então, mãos à obra. O que você está esperando para ir puxar o saco de alguma pessoa rica e/ou influente? Ou está achando que só sendo inteligente, culto, competente, honesto, essas baboseiras todas, você vai conseguir o seu tão almejado sucesso na vida?
Puxar o saco é uma arte, das mais sublimes, eu diria. É preciso saber de quem puxar o saco, como fazê-lo, e em que momento. Tudo deve ser matematicamente planejado, calculado com mente fria, puxar o saco também exige talento e raciocínio lógico. O fingimento, a subserviência e a submissão, a falta de dignidade própria também são necessários. Quando for puxar o saco de alguém, nunca contrarie essa pessoa, ela deve ter sempre razão, mesmo que isso vá contra seus princípios. Aliás, esqueça esse negócio de princípios, ideais, isso é coisa de poetas retrógrados. Faça tudo o que a pessoa lhe mandar, bajule-a dia e noite, quem quer puxar o saco nunca pode dizer “não” ao bajulado. Claro, você pode falar mal dele, desde que seja pelas costas e com a certeza de que ninguém revelará o que você disse. Sabe como é, as pessoas são invejosas, queriam puxar o saco como você, mas não têm talento suficiente.
Ah, e não esqueça: estampe sempre um sorriso no rosto. Boa sorte!
21 agosto 2008
Olhos Femininos
amo esses olhos
tão fundos
tão belos
étereos
tão graves
esses olhos
dessa cor...
amo teus olhos
serenos
imensos
intensos
tristonhos
esses olhos
dessa cor...
dessa coruja.
tão fundos
tão belos
étereos
tão graves
esses olhos
dessa cor...
amo teus olhos
serenos
imensos
intensos
tristonhos
esses olhos
dessa cor...
dessa coruja.
Assinar:
Postagens (Atom)