09 novembro 2025

Soneto em que o Fim está entre Parêntesis

palavras! ergam versos melodias
obedeçam às ordens do que sinto
derramem à terra tudo que for tinto
de angústia repletem as veias vazias

reconheçam-me em corações famintos
lacrimem de sangue as escadarias
morram pelo que eu jamais morreria 
se fúriem por céus enquanto me extinto

transmutem em vinhos a minha má-sorte
construam almas com meu sofrimento
por mais que o humano em nada se importe

penetrem em seus olhos e ventem a Morte.
(não é em vão todo o nada que tento:
que esteja contigo o meu sentimento.)










 








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