24 outubro 2025

Soneto à Mater Natura

tempestades fulguram como flores
entre beijos desastres e outros rastros
eu me sangro o perfume dos teus astros
e o sol olhou-me os olhos ao te pores

entre a tarde anoiteço as tuas dores
eu te sonho e te trago entre teus vastos
dos teus olhares eu jamais me afasto 
e me ergo alucinado onde tu fores

sinto na pele as mortes do que fito
meus olhos se  lacrimam nas tragédias
desastro que não passo de um maldito

mas além em nebulosas anjo-argênteas
se erguem mais ao alto tuas rédeas 
a nos mostrar quem comanda o Infinito.

Nenhum comentário: