não espera deste poema mentiras de luz
aqui é o sangue podre que escorre do prego
cravado sem pena no osso da cruz
a treva que impera no sexo das noites
o toque no pé dos dedos da morte
um beijo arrancado do inferno e da dor
não espera daqui um só pingo de amor
aqui só há a ira em chamas da íris do tigre
aqui é o sangue podre que escorre do prego
cravado sem pena no osso da cruz
a treva que impera no sexo das noites
o toque no pé dos dedos da morte
um beijo arrancado do inferno e da dor
não espera daqui um só pingo de amor
aqui só há a ira em chamas da íris do tigre
a saliva que pinga do dente sedento do lobo
a implacável amargura do olhar do anjo caído
há um desespero satânico e desmedido
um sopro brusco de tormenta que arrasta
as folhas mortas pra dentro de casa
luciféricos lábios de fatais violinos
a risada sarcástica dos risíveis destinos
o coração extirpado jogado às baratas
o pão que o diabo amassou com suas garras
aqui só há o verme que apodreceu a maçã
este é um poema para que tu me odeie
mas me odeie com todas tuas veias
como se não houvesse amanhã.
a implacável amargura do olhar do anjo caído
há um desespero satânico e desmedido
um sopro brusco de tormenta que arrasta
as folhas mortas pra dentro de casa
luciféricos lábios de fatais violinos
a risada sarcástica dos risíveis destinos
o coração extirpado jogado às baratas
o pão que o diabo amassou com suas garras
aqui só há o verme que apodreceu a maçã
este é um poema para que tu me odeie
mas me odeie com todas tuas veias
como se não houvesse amanhã.