não peço perdão.
quem é que há
entre céu terra e mar
que algum direito tenha
de me perdoar?
não me desculpo
ao que tenha sido
não sou mais
do que foi meu destino
escrevo o que seja
e aceito o que fica
da minha chama ainda
brutalmente acesa.
não reconheço Deus
como meu pai
não mais
nem Satã como meu irmão
nem peço perdão
ao que foi minha sina
porque um poeta
não se desculpa.
só assina.
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