aqueles desastres são do meu sangue
meu sangue pelos vinhos já afogado
incêndios pelo meu álcool inflamado
todo o Horror deste meu sangue se expande
meu sangue pelos vinhos já afogado
incêndios pelo meu álcool inflamado
todo o Horror deste meu sangue se expande
minhas veias pelas sangas exangues
minhas hemácias nos tigres tombados
minhas artérias no mato acabado
eu sangro por onde sangrar que tu andes
eu que sangro em cada beijo que é morto
eu e meu sangue jorrados e tortos
como se o mundo os derramasse em mim
o meu sangue pelos bicos dos corvos
o meu fígado é que comem é meu rim
o mundo e meu sangue estão pelo fim.
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