quem disse que tu não podes descer?
nunca ninguém esgotou o infinito dos teus mares.
nunca ninguém esgotou o infinito dos teus mares.
quem disse que não podes brotar?
nunca aterraram o fundo dos teus lagos
nem aprisionaram as nuvens das tuas névoas.
quem disse que não podes correr?
nenhuma mão supérflua fútil frívola
pode pôr um dique nas correntezas dos teus rios.
quem disse que não podes sulcar?
tu marcas a terra da Terra inteira
com os vinhos dos teus sangues
com os sangues das tuas águas.
Lágrima, imperatriz do profundo!
tu serás o líquido mais puro
que restará sobre a finitude do mundo.
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