sempre há algo que se prepara:
o lobo pode de repente
abrir a ameaça da boca
e trazer à tona
a impiedade do dente.
a fúria já era fúria
antes de enfurecer-se
é cansaço que se levanta
do latente ao que não se aguenta.
há um ponto em que não há mais ponto
que se ergue como surpresa
diante da nossa arrogância
de que nunca seremos a presa.
há uma vingança que se futura
pela quietude da noite escura.
às vezes
é no cair tranquilo
da nossa tarde clara
que a tempestade se prepara.
é no cair tranquilo
da nossa tarde clara
que a tempestade se prepara.
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