quanto mais me tento acertar
mais me longínquo do acerto
se me aproximo me vejo entre o cosmos
por entre netunos me visto de frios
como o lago que é sempre mais fundo
quanto mais se vê de vazios
talvez porque o certo
não seja o que é acerto
nem o que mais perto
falo para um além
que está num longo aonde
e quando digo ao meu ouvido
é distante o que está comigo
é um sopro que ao não me responde
e ecos que se vão pela terra
errando pelo caminho
largando pós pelas valas
e letras pelas lamas
deixei minha morte
no alto do cerro:
um monumento ao Erro.
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