não há luz em parte alguma.
o Olho de Sauron caiu inteiro e pesado
sobre o pesar da humanidade.
a esperança é o que nem há-de...
quanto a mim
o que escrevo agora é tudo
e meu autêntico fim
mal sei do que sou
como o poema nem sabe de si.
o melhor que faço
é ficar aqui:
testemunha do cair da sombra.
já nada mais me assombra
e quando digo que não me estou
é nada
em absoluto:
já não há nada além do luto.
só escrevo
porque escorre:
e o melhor que (des)faço
é o meu porre.
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