29 março 2017

Alguns trechos "proféticos" do censurado "Admirável Mundo Novo" de Aldous Huxley


A literatura universal, como arte, tem muito disto: antever verdades. Os exemplos são inúmeros. A obra "Admirável Mundo Novo", publicada em 1932 pelo gênio da literatura inglesa, Aldous Leonard Huxley, é pródiga em previsões pessimistas para a humanidade. Hoje, percebemos que Huxley estava certo em quase todas elas. O livro está entre os que mais foram proibidos e censurados durante o século XX. A seguir, alguns trechos da obra. As conclusões ficam a cargo dos leitores:


"Um desembarque na lua poderá ser de alguma utilidade militar para a nação que o conseguir. Mas em nada contribuirá para tornar a vida mais tolerável, durante os cinquenta anos que vamos dispender na nossa duplicação, para os bilhões de subalimentados que pululam na terra."

"A nossa sociedade ocidental contemporânea, apesar do seu progresso material, intelectual, dirige-se cada vez menos para a saúde mental, e tende a sabotar a segurança interior, a felicidade, a razão e a capacidade de amor no ser humano; tende a transformá-lo num autômato que paga o seu fracasso com as doenças mentais cada vez mais frequentes e com o desespero oculto sob um delírio pelo trabalho e pelo chamado prazer."

“Um Estado totalitário verdadeiramente eficiente seria aquele em que os chefes políticos de um Poder Executivo todo-poderoso e seu exército de administradores controlassem uma população de escravos que não tivessem de ser coagidos porque amariam sua servidão."

"Livraram-se deles. Sim, é bem o modo dos senhores procederem. Livrar-se de tudo o que é desagradável, em vez de aprender a suportá-lo. Se é mais nobre para a alma sofrer os golpes de funda e as flechas da fortuna adversa, ou pegar em armas contra um oceano de desgraças e, fazendo-lhes frente, destruí-las... Mas os senhores não fazem nem uma coisa nem outra. Não sofrem e não enfrentam. Suprimem, simplesmente, as pedras e as flechas. É fácil demais."

“Sessenta e duas mil repetições fazem uma verdade. Cremos nas coisas porque somos condicionados a crer nelas. Tal é a finalidade de todo condicionamento: fazer as pessoas amarem o destino social a qual não podem escapar.”          

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