A poeta, sim, poeta, não poetisa, e amiga, Therezinha Lucas Tusi, falecida ontem, teve uma vida semelhante à sua obra: de simplicidade, sinceridade, de grande energia vital, de coração, de alma. E as melhores obras são as que se assemelham ao seu criador. E o tocante poema a seguir, de sua autoria, selecionado do seu livro "Afinidades", confirma minhas palavras:
Culto do Agora
Não tardemos jamais o gesto da mão
estendida a outra mão.
Quando para carinho,
quando para perdão.
Não calemos jamais a palavra sincera,
a palavra que encanta.
Não a deixemos morrer na garganta.
Não baixemos os olhos, se há neles ternura.
A mão que espera, o ouvido que escuta,
os olhos que buscam
quem sabe depois não estarão mais abertos.
O momento seguinte é tão incerto!
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