O simpático Sartori (agora nem tão simpático assim) anuncia, entre outras medidas nada simpáticas, que vai congelar nomeações. Alega, como todos sabem e como todo novo governante faz, que o estado está "quebrado". O curioso é que o gringo não fala uma palavra sequer contra o aumento do seu salário, do seu vice, dos seus secretários e dos deputados. Lembrando que sua bancada, a do PMDB, aprovou por unanimidade a aposentadoria para os nossos coitados parlamentares.
Mas vamos supor que o estado esteja na situação financeira tão grave que o Sartori alega (um pouco sempre é balela, para poder governar sem cobranças). Ainda que esteja, congelar nomeações em áreas vitais e ainda deficitárias como Saúde e Educação é uma atitude burra, imbecil. Pior, é desumana. O governo Tarso não foi perfeito, cometeu erros, o mais grave, no meu entender, foi o não pagamento do piso do magistério. No entanto, não se pode dizer que o PT não realizou um trabalho de fortalecimento dos serviços públicos, com aumentos salariais, ainda insuficientes mas bem superior aos governos anteriores, realizando concursos e nomeando.
Congelar nomeações em educação e saúde alegando dificuldades financeiras? Que tipo de visão lamentável é essa? Até países que foram devastados pela 2 ª Guerra Mundial continuaram investindo forte em educação (e até mais do que antes), e hoje são potências, exatamente por isso, porque investiram nos serviços públicos, principalmente em educação e cultura, e tornaram seus povos capazes de construir e erguer grandes nações. É só conferir o exemplo de países como Japão, França, Alemanha, Itália...
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