Sol... te economiza
não te sejas...
para que fazer que acordem
os que não ouvem acordes?
mulambentas
múmias humanas
marionetes mancas
mecânicas
aquelas
no que resta
do que são elas
entre poeiras
esteiras
e cadelas
em seus vazios
plenos de pena
os sorrisos do sucesso
de suas vidas falhadas
enfeites
entre as duas orelhas
intervalos vãos das cabeças
descabidas
e retardadas
Sol, para que iluminas?
que luz entrará
pelos porões de ratos
( inúteis fúteis trabalhos)
dos corações humanos?
o coração...
esta carne gordurosa
entre vazados pulmões
Sol, não acorda essa gente
esquece esses olhares
(restos hospitalares)
de almas que se lepraram
e quebraram todos os dentes
Sol, para que clarear
o poço da nossa decepção
deixa-nos e vai além...
para que nascer para todos
se o todos
é pouco mais que ninguém?
*Poema reelaborado e republicado.
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