o autoperigo em ser poeta
(quem dera
fosse só perigo)
há que se andar
sobre o rio da navalha
(quem dera
fosse um sol comigo)
a que me destino
e tudo o que for Destino
virar hino
para esperar-te no onde
me esperam
fundei esperanças
no vento do ontem
assassinei a mim mesmo
e recriei a humanidade:
sou o Deus
da religião que me fiz
e onde o universo imagino
nos confins do que se finda
em busca do que não estava
“vim, vi e venci”
e o deixei
sobre o grave de granito
e piso
e pouso
um após deixado
sendo meu ato:
o foi dito
e não é preciso nem um não
de gratidão
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