Tu, Tempo, és Deus...
teu é o trono
que traga
ao que te trago
e a que me entrego
além de ti
a treva
a que não ninguém
se atreve
todo trovão que tange
e todo troar martelo
vêm todos do teu trajeto
no torvo do que tememos
desde os tridentes
de tuas serpentes e tigres
às trombetas
que trompam na tua tocha
desde a tormenta
que taça entre teu trágico
até a traça
entre as turbas arrastada
às tampas das tuas tumbas
ave Tempo!
águia Tempo!
e o pulo preciso do teu puma
e o punho de peso do teu pulso...
desde os passos do teu compasso
à pressa do teu presságio
e à presa da tua praga
ninguém pisa o teu punhal
e nada te apaga
é a ti que se paga
em que se prepara o pesar
da tempestade
do templo de teu temporal
é que Tu, Tempo
(que a vida abraça)
trazes entre as torres
um raio
do que Verdade
de força e de fúria
de glória e vitória
(que o tempo passa...)
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