sentiu
aquele gosto
de esgoto
trago que traga
a quem o traga
como se tivesse de almoço
a própria praga
sentiu aquele gosto de rato
como se um deles mijasse no prato
e boiasse uma merda no copo
depois descendo
pela ardência do esôfago
e ouviu o baque báquico
de sua queda
na úlcera fúngica
do estômago
sentiu aquele gosto do tarde
como se mastigasse o cáustico
(tremendo as mãos dormentes)
com o farelo da quebra dos dentes
e sangue de porca num jarro
no desespero do erro
infeccionado
pelo espesso do catarro
sentiu aquele gosto de gente
na garganta de traqueia exposta
(a lição de não vomitar bosta)
naquele ato
do após que falava
que era engolir
palavra por palavra
Um comentário:
Ingeniosas letras, tienen un sabor extraño.
Te dejo un fuerte abrazo, buen fin de semana!
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