29 outubro 2012

da Rebeldia*

rebeldes com causa
sem causa
ou rebeldes com cauda
de rato?

rebeldes com calda
açucarada
de leite
de saco...

rebeldes com causa?
rebeldes com calça
frouxa
frouxos
trouxas
engolindo os reais
(que dizem ser o real)
dos outros

rebeldes arcados
alcaides
com o peso do desprezo
do preço...

rebeldes sem calça
com o saco
sem bolas
coçando
e com o saco
dos outros
puxando

*Poema republicado com algumas alterações.

8 comentários:

Anônimo disse...

Talvez não seja sem causa.Talvez existam causas ignoradas ou desconhecidas.Talvez elas sejam importantes.Talvez alguns acham que seja bobagem.Talvez elas sejam mais importantes do que pensamos quando vemos.Talvez calças e bolas seja apenas uma visão binaria e limitada.O mundo é muito grande para termos apenas uma única visão de mundo.A exemplo de Camille Flammarion e suas vibrações que também não eram compreendidas no seu tempo existem muitas causas ignoradas e se ignoramos essas causas sempre iremos pensar:"E se não tivessemos ignorado?Seria ela um causa importante?".Não devemos ater simplesmente ao básico ou a vida se torna chata e sem graça.

Vivian disse...

...bom dia, poeta!!

obrigada pela visita
lá em casa!

bjokas da "allma'

Enigma disse...

Percebo uma ideologia.
Parabéns!! Abçs!!

Enigma.

Anônimo disse...

Hahahahaah! Adorei!!!
um beijo poeta!

Al Reiffer disse...

Caro Anônimo, grato pelo comentário, mas creio que não fui bem entendido da tua parte. Não quis criticar o ato da rebeldia em si, creio que devemos ser rebeldes. Critico os que se dizem rebeldes, mas, na realidade, não o são.

Luísa Zanni disse...

Sabe, eu tenho mania de ler em voz alta. E foi MUITO legal ler o teu poema em voz alta. xD Adorei teu jeito de brincar com os fonemas. Beijos!

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Poeta

Como sempre há tantas entrelinhas no teu poema.

Um beijinho
Sonhadora

Milene Lima disse...

Um viva, ao contrário, à rebeldia sem causa, superficial e oportunista. Aos que protestam confortavelmente sentados na sua cadeira do computador, gritando em redes sociais, enquanto o mundo se esvai...

Bem bom esse seu poema, homem. Bem bom! Como se isso fosse novidade.

Inté.