I
nossos intelectuais
estão certos
de que preveem o futuro
(...)
mas deveriam fazê-lo
acendendo
(antes)
uma vela
no (v)entre do escuro...
II
dizem
ter descoberto
a “partícula de Deus”
(o homem
procura a sabedoria
como se procurasse uma palha
em um palheiro
a esmo)
só o que lamento
é que nunca encontraram
a partícula de si mesmo
III
perguntam-me
qual afinal
a minha esperança...
ora, eu não escolho esperanças
eu espero o que vem...
não espero
por exemplo
que tu, ser humano
me ames.
fora isso...
existe Brahms
3 comentários:
Ótimos poemas, afiados, gostei muito de ler.
Beijo!
Mui belo poeta
por que os versos
filosofam
sobre a essência
do ser
sem ser filosofia
hermenêutica
ontologia pura
mas versos que vão
nas profundezas
desta nossa vida
ocidental
pós-moderna
bem poesia
ultra visceral
Luiz Alfredo - poeta
Parabéns pelo poema!
Um dos que mais gostei, realmente...
Uma linda semana pra você!
Abraços,
Alyne.
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