faltou da folha um ramo
nas florestas desfolhadas
na guerra do vietnã
faltou um grão de arroz
entre os dentes já caídos
dos famintos africanos
faltou um ponto a menos
na tremenda escala richter
do tsunami da indonésia
faltou vazio a menos
entre a área devastada
pela radiação de chernobyl
faltou o som do grito
das milhares de espécies
que do agora se extinguiram
faltou uma esperança
aos milhões de gente humana
que vivem a vida sem sentido
faltou um pouco d’água
pelos 100 riachos rios
que secaram pelo mundo
faltou uma só lágrima
gotejando pelo queixo...
eu aqui a deixo.
8 comentários:
Deixo a minha também se você o permitir.
Muito bom,pega na veia.
beijos
De tantas faltas somos feitos,
Bravo, poeta!
Junto à sua minhas lágrimas quase que diárias ao ler a parte de ciência e do planeta.
Beijos
Mirze
Há poemas que precisam ser comentados e já outros que nos deixam calados, esse é um deles. Magnífico!
Deixo aqui a minha lágrima, pelos últimos cinquenta anos, pelos sobreviventes dos próximos anos, pelo que faltou, e pelo que ainda sobra: desumanidade!
gostei da forma como a tragédia vai aumentando a cada verso de cada estrofe.
nOSSA! Muito Bom. Um dos melhores seus q já li. Essa sua migrada pro lado crítico-social tá me animando. Abraço, Ulyane.
Dizer o que?
Me limito a parabeniza-lo pela obra
e concordar contigo!
Tenha um Bom domingo e
uma ótima semana!
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