aquilo que não
que não o quê?
que não tudo
desde o lá
ao agora que não está
aquilo que ser
sem que seja como sendo
o longínquo do que está aqui dentro
o que nunca em nunca momento
sonho que sonha o meu real
o outro lado do que não o outro
além-me-ar estando aqui
pelo sono do teu quintal
flor que cheirou o meu gesto
sem tocar a minha mão
fuga invisível de um verso
ao voo do que não me fui
em estares de imaginação
o mas do que me distância
e longos pelos teus cabelos
olhos no éter sem sê-los
que terminam em um nada
e começam em um fim...
aquilo que não
é então
o que me sim
6 comentários:
Um final ótimo em um poema bem feito.
poesia!!
Tenho lido seu blog diariamente. Muito bom mesmo. Compartilhei recentemente o texto "à Sombra". É claro que ele foi elogiado. Humor fino não é para qualquer um. ;-)
Versos a nada que dizem tudo. Como sempre, intenso em musicalidade e em imagens! beijo
Sensacional a forma como você trabalha a linguagem, impressiona, desconcerta. Belíssimo!
E a simplicidade por mais que leigos não enxerguem é presente na sua alma.
Confúcio (...)
Aquilo que não, mas não o quê?...
O que me responde é a subjetividade, pois sinto do meu jeito.
beijos!
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