07 janeiro 2012

Amanhecer (à) Tarde

(a)onde estão (vão)
os teus passos?
(meus laços)
que tantos (folhas de) outonos
deixaram passar aos meus pés
(onde é que tu és?)
onde estão (não?)
os teus traços?
que tantos (sonhos?) estranhos
(de estanhos)
agora cinzaram meus pós
(o que é teu após?)
onde estão os teus vagos?
(tu, vagas?)
demares derrios delagos
que tanto sedaram meus tragos
(de sede de seda)
e agora selaram-me a sós
(quem é que sabe de nós?)
onde é que (in)pulsa teu dia?
(ah és tão-só (tão só...) melodia)
que tanto tornou-me (tornado) só vento
(é Brahms, Chopin ou olhares?)
teus olhos (in)versos sustento
onde é que hão teus passares?
(pesares...)
(próximo e tanto que afasta)
e tanto sem forma e sem nome...
(que fome...)


já basta. 

5 comentários:

Rafa disse...

gostei do blog. dê uma olhadinha no meu: www.nudiaries.blogspot.com
feliz 2012

Anônimo disse...

Que maravilha!Enchanté!

Anônimo disse...

VC terminou com "já basta". E esse poema já me basta para mergulhar na sua poesia. Agora eu vou atrás do seu livro.

Raquel disse...

"O que é o teu após?"

é...boa pergunta... rs
adorei ;) bjss

Bete Nunes disse...

Absolutamente maravilhoso em teu Simbolismo! Quem disse que basta?

um beijo.