morreste
e já não sabes
que não és o que foste
e talvez nem foste
aquilo que em ti te morreste
deixaste acabar-te os olhares
e quando olhaste ao acima
já te estavas abaixo
do palmo a palmo do sonho enterrado
morreste
e por morreres pensas que vives
te corroeste em tudo que é alto
te contentaste em varrer o teu pó
deixaste escorrer os teus astros
desbotaste todas tuas noites
naufragaste pelos teus castelos
e defecaste sobre teus lagos
e foi enquanto sorrias
por entre certezas suínas
lama no céu da tua boca
açúcar dentro em teu vômito
morreste
e agora já é tarde:
lá um sol que não bate
queima um peito
que não arde
3 comentários:
Saudações !
Venho paranebizá-lo pelo
brilhante e belo trabalho que
fazem por aqui ...
MAGNÍFICO!
Sou um iniciante neste ramo
Adorei descobrir este espaço!
estou o seguindo!
meu nome é DELLONE
@SilenceShadows
Adoraria receber vossa visita em
meu espaço--> silenceshadows.blogspot.com
Será muito bem vindo!
e será um prazer manter contato!
Até breve!
Denso,forte, um dedo apontado para o caos que restou depois da humanidade; Ao mesmo tempo, um riso de escárnio... para a desolação da humanidade pelo que ela fez restar de si...
Muito bom, Reiffer!
Não sei se a humanidade merece a arte.
Parabéns,Poeta do Fim...
beijo pra vc.
Como sempre, mais um poema de grande intensidade, um tapa na cara de muita gente. Excelente!
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