Para alguns otimistas dotados de rara inteligência, as mudanças climáticas não passam de exageros de alguns alarmistas desocupados. Mas fatos são fatos, e contra eles não há argumentos. Não vou nem me dar ao trabalho de explicar nada, irei apenas transcrever o que está na coluna "Tempo e Clima" do jornal Correio do Povo, de 19/11/2011, página 28:
"Tornado atingiu Cochabamba, na Bolívia, na quarta, e trouxe destruição. Pelo clima seco e por estar em enorme vale, o fenômeno é raro na região e não tinha precedentes. Na Europa, o Oeste do continente amarga um novembro seco e 'quente'. Na gelada Islândia, homens que nesta época estariam na rua retirando neve, nestes dias faziam tarefas de verão, como plantar gramados. Na Escócia, ainda há flores brotando. Quase toda a Inglaterra deve ter máximas hoje acima da prevista para Amã, Jordânia, no deserto do Oriente Médio. Na Suíça, estações de esqui estão fechadas. Não há neve no chão. Recém ontem nevou na Lapônia, na Finlândia, na neve mais tardia em 50 anos. Já no Alaska, o frio é absurdo. Fairbanks, segunda maior cidade do estado americano, teve 40,5ºC abaixo de zero na quinta, menor marca em novembro desde 1994. Antes, desde 1994, só em cinco oportunidades a temperatura tinha atingido 40ºC negativos tão cedo na cidade no inverno climático."
E enquanto isso no Brasil, a empresa petrolífera Chevron derramou mais de 3000 barris de petróleo nas águas do litoral carioca, durante mais de 10 dias, e só agora assumiu a responsabilidade pelo vazamento. Somente alguns milhões de seres marinhos podem morrer vítimas do óleo. O oceanógrafo David Zee afirma: "As baleias jubartes, por exemplo, precisam vir à tona para respirar e podem ingerir esse óleo. Já as aves tentam limpar o óleo de suas penas com o bico e acabam ingerindo o petróleo, o que danifica o aparelho digestivo." Nada de mais, não é mesmo?
E enquanto isso em Santiago, Itacurubi, Unistalda, Bossoroca, enfim, aqui na nossa região, dezenas de carvoarias ilegais foram identificadas e autuadas pelo IBAMA por estarem destruindo as nossas florestas de pau-ferro, árvore raríssima, ameaçada de extinção. O estranho, é que quase ninguém fala sobre isso por aqui. Esse é o fato, ao meu ver, mais triste dos últimos dias em Santiago e região.
E assim vamos, meus amigos, assim vamos...
4 comentários:
Fico pensando se essa gente que destrói o planeta acha que, qdo o planeta acabar, tem para onde ir. Penso também se eles destroem as casas em que vivem, já que destroem o país e o mundo em que vivem.
Pobres baleias, pobres aves, pobres flora e fauna, pobre humanidade.
Humano câncer de Gaia!
(...) Sobre os fatos decorrentes há vários anos, podemos apenas chorar, lamentar. INFELIZMENTE impossível, poucos, quererem salvar um mundo regido pelo capitalismo antes da vida.
Faço minha parte onde vivo, onde ando. Começando pelo simples ato de ''lixo na lixeira''. Mas é o resto? Quando os ''poderosos'' vão acordar? (não só os que possuem poder hierárquico)
Talvez quando um de seus entes queridos, ou eles próprios tiverem seu corpo estendido às larvas de um lixão, numa mata seca, num frio extremo, num rio poluído. Mas ai como agora será tarde! É aguardar a morte apenas.
Lágrimas! Sim choro por este caos que tem trago este mundo cada dia mais a inexistência física forçada.
Imbecilidade que o poder provoca.
Hoje, a expressão "Preservação Permanente" é, para a maioria bárbara, incompreensível.
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