o tudo que perdi foi a qual onde?
em que céu planam os planos do meu céu?
e que som vingará do que foi meu
desta música que ao meu alto esconde?
mas da minha alma nunca cala a fonte
nem a voz que em silêncio prometeu...
há no que finda o erguer desse troféu
e um olhar desde o barco de Caronte...
do que morri retiro minha espada
do que não fui eu sagro o meu maldito
há uma águia que se oculta entre o meu nada
e um nada que me águia ao infinito...
há uma flor que de si mesma se escada
deste horror que do meu alto eu te escrito...
6 comentários:
Olá
Olha, gostei, especialmente dos tercetos. Caronte? legal a rima!
não sei se cabe, mas como disse Fagundes Varela:
"O exilado está só por toda parte!"
té mais
Sensacional! Sublime, eu diria. Todos os parabéns!
SUblime soneto, Reiffer!
Senti a solidão cortando o peito.
Beijos, poeta!
Mirze
Caronte também é um solitário, só tem suas moedas e sua barca. Esse é um poema do exílio, quem sabe da morte.
Muito bom, Reiffer.
Um abraço.
Soneto que impressiona, imagens intensas e não-convencionais. Excelente! Abraço!
Precioso poema, me encantó.
Saludos,
Diana
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