quanto mais me tento acertar
mais me alongo do acerto
se me aproximo fico mais longe
e da distância me distancio
como o poço que é sempre mais poço
quanto mais está vazio...
talvez porque o certo
não seja o que é acerto
nem o que mais perto
aquilo que falo
falo a que onde?
quando digo
quem é que está comigo?
o que é aquilo que ao não me responde?
em que ego o meu eco ecoou pela Terra?
o que me ergue é o que me aterra...
errando pelo meu caminho
tornei-me o deus do que não sou
e matando-me a mim
deixei minha flâmula
no alto do cerro:
acertei-me mais
quanto mais mirei no Erro...
4 comentários:
A eterna inconstância da verdade, da razão e do homem. Nada é, nada há...E tantas pessoas pensando e agindo como se fossem deus...
Sempre leio teus posts e gosto bastante.
Abraços.
Bons o jogos de palavra, achei isso aqui bem legal também
"como o poço que é sempre mais poço
quanto mais está vazio..."
hehehe invejável.
Interessante! Meu último poema tem um quê desse seu, só um quê, rs, mas já me fez alusão. Legal!
Beijo.
REIFFER!
Aqui, você acertou. Sempre achei que o erro está no acerto e vice-versa.
Tudo depende do ângulo de quem vê e lê. Nada depende de nós.
Bravo, poeta!
Beijos
Mirze
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