quando silencio o que há em torno
do silêncio em que me vou tornando
lento observo em silente lente
como há um som oculto
em tudo que se revela
(há sempre outra chama
no embaixo da vela...)
e em cada desejo e suspiro
há outro além em que se deseja e suspira
aquele outro além que em si silencia
(e deixo que minha voz
simplesmente sorria...)
mas que forma tornados em torno
depois que se ouve o seu houve
como um sussurro que ao longe...
e sei que há algo mais
(então deixo que meu verbo
verbe somente sinais...)
até mesmo no que há de menos
por isso irei no ora do agora
silenciar este poema
e deixá-lo sozinho
(para que se ouça
o que ele murmura baixinho...)
4 comentários:
Murmura a falta, a ausência que sempre há.
Gostei muito do canto.
beijo
lindíssimo poema! Lembrou Antonio Nobre, principalmente no final. Gostei.
Que construção linda, meu querido Heiffer!
Poema extraordinário!
Coisa de mestre...
Bravo!
Abraço da
Zélia
Nossa, muito bonito, Reiffer. Um poema que fala baixinho. Parabéns.
Um abraço.
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