entre o ssim e o ssom
ssilenssia o sséu esstranho
do teu ssegredo...
há calma d’alma
que nada abala
que nunca passa
teu ssempre ssábio
ssol de ssonata
adagio largo
e calma d’água
que nada...
...(a)tinge
adagio lago
que pedra alguma
perturba
infringe
tranquila alaga
nada em meu nada
na calma da adaga
que ninguém enfrenta
ou afaga
maternal ssereno
ao ssereno da sselva
ssangra o teu ssonho
de fogo
a que todo sser
sse rende...
éss como um ssilvo
de sserpente
que assende...
(Na imagem, uma escultura da deusa egípcia Ísis)
10 comentários:
Ssssimplesssmente o máx(ssss)imo!
Um bj. querido amigo
Interessante e sofisticado: uma elegia ideográfica à Deusa.
O recurso da forma das letras a significar objetos hieroglificamente, in casu, as serpentes, em paralelo à repetição de fonemas, a significar a sibilação, são expedientes muito poeanos e estão na base do simbolismo, que foi, você sabe, fundamente influenciado por Poe.
Abraços
Bonito e inspirado poema.
beijo
Gostei. Esse método que você usou, isso de simular o silvado ficou bem legal, fora a evocação à Isis, ótimo!
REIFFER!
O máximo essa simbologia que fala as entrelinhas do poema. Admiro muito novas formas de expressão, à la Poe.
Beijos, poeta!
Mirze
Olá, Poeta!
Vc me impressiona pela delicadeza dos versos e pela força dos sentimentos que coloca neles.
É maravilhoso vir aqui e beber dessa fonte tão pura de poesia.
Parabéns! Lindo o seu poema! :)
Beijos
Lindo Blog, e o texto é bastante inspirador. O que me faz gostar cada vez mais da blogosfera é poder encontrar cantinhos como esse. Parabens, adoreii..
Quando puder passa lá em casa rs
http://passossilenciosos.blogspot.com
Bjos..feliz ano novo!
Surpreendente tua forma de versejar (vou tentar vir mais vezes...), em termos de forma; o conteúdo merece ser relido, não é "impassível"...Parabéns! Bjo :)
De um sereno gostoso. Vento que me sopra e abraça todo o eu que se esparrama em deleite.
Adorei o poema.
Fui lendo como se tivesse lendo em voz alta e adorei a brincadeira com as palavras. Parabéns.
=*
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