seja de onde venho
seja aonde vou
só ouço
pela minha veia vazada
a voz velha vaga e vazia
da humanidade vencida
nada
é o tudo que a civilização vaza
nos vasos dos meus ouvidos
milernamente
mil vezes vividos
sobre o verbo vão do homem
viro o meu vômito vivo
verto meu escarro viscoso
vergo varas veladas
piadas
são todas essas vozes vassalas
servas vesgas vendidas
vaidosas vadias fodidas
a que voto meu cuspe e meu vento
visto meu vasto
e o que vejo enterro nas valas
o que sinto apago nas velas
e com meus vendavais
eu fico sozinho...
só o que me vale?
o Vinho.
4 comentários:
É bom ler alguém que fala por nós, esse "nós" que observa o mundo vazando pelos cotovelos daqueles que agem tanto sem pensar.
Abraço.
Os versos que eu vim ver
Foram eles que vieram
Buscar-me
Vejo vindo a mim
O que eu tinha que vir ver
Ou vice e versa
bjs
Escreves com força, criatividade, ritmo e muito conteúdo aquilo que raros têm coragem de escrever. Percebe-se que tua poesia nasce das entranhas.
Abraços
Tantas palavras com "V" lembraram-me o discurso de apresentação do V no filme V de Vingança. Recomendadíssimo.
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