15 novembro 2009

E uma Ave que Voa...

aqui
como se não estivesse
como se tirassem o mundo
debaixo do meu sou
coruja que clama pela noite
e a noite amanheceu
como se fugisse o ar
ao meu erguer de asas
promessa branca
cumprida ao contrário
pacto de sangue
em sangue sem hemácias
descompactado
divino sorriso
só aberto em ironias
horizonte em mar
salgado
quando se tem sede
e uma ave que voa
na aurora da chuva
como se dissesse a deus...

2 comentários:

Anônimo disse...

Um poema um tanto quanto enigmático, porém percebe-se nele uma velada amargura e decepção.

André Vieira

Fabi Paranhos disse...

Bonito seu cantinho.
Belo texto!
Um abraço