um poema que não diga nada
e que morra e nasça como a velha noite
e que sempre volte como insano inverno
que se retrai se expande
como eterno cosmos
um poema quieto
sempre surdo ao mundo
só pra ventar na chuva
só pra soprar no sol
que nas almas longas
nutre as vidas curtas
um poema que se esvai se esconde
como tudo aquilo que não surge e vem
pra deixar que falem que na morte riam
e que bebe rios e se oculta em pedras
onde pisa o homem e não vê a água
como toda coisa que já surge e some
como largo louco que já sonha e é
como luz que vive sob a morte lógica
um poema nulo que se não aceita
que não diga nada...
mas que veja tudo
5 comentários:
Nem sempre tenho tempo para conferir teus escritos, mas depois que li o sensacional poema "do Horror", vou tentar vir mais seguido. Este é outra pérola, de uma beleza e profundidade sublimes.
André Vieira
Agradeço,amigo. Será sempre bem-vindo.
parabéns pelos seus poemas. ainda com tanta força eles nos preendem e nos levam para uma realidade nada onírica.
seu blog é um dos mais intensos que leio.
Blog Suicide Virgin
Retribuindo a visita, e te oferecendo as mesmas palavras.^^
Muito bom... Nem sei como verbalizar o que senti ao ler. Só sei que foi muito bom!
Parabéns Reiffer você é davastador!
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