Passos da Cruz - Soneto XIV
Como uma voz de fonte que cessasse
(E uns para os outros nossos vãos olhares
Se admiraram), p'ra além dos meus palmares
(E uns para os outros nossos vãos olhares
Se admiraram), p'ra além dos meus palmares
De sonho, a voz que do meu tédio nasce
Parou... Apareceu já sem disfarce
De música longínqua, asas nos ares,
O mistério silente como os mares,
Quando morreu o vento e a calma pasce...
De música longínqua, asas nos ares,
O mistério silente como os mares,
Quando morreu o vento e a calma pasce...
A paisagem longínqua só existe
Para haver nela um silêncio em descida
P'ra o mistério, silêncio a que a hora assiste...
Para haver nela um silêncio em descida
P'ra o mistério, silêncio a que a hora assiste...
E, perto ou longe, grande lago mudo,
O mundo, o informe mundo onde há a vida...
E Deus, a Grande Ogiva ao fim de tudo...
O mundo, o informe mundo onde há a vida...
E Deus, a Grande Ogiva ao fim de tudo...
"E Deus a grande ogiva ao fim do mundo".
ResponderExcluirBem a frente do seu tempo...
Sinto-me lisonjeada com sua visita ao meu blog. Resolvi retribuir a gentileza e com que surpresa descobri teus poemas, voltarei sempre. Um beijo, Ana
ResponderExcluirO que são minha palavras perto das palavras de Pessoa(s)?
ResponderExcluirBeijos,
Ry.
!!!
ResponderExcluirbellísimo tu criterio de estètica entre imágen y texto...
ResponderExcluirEs una de las cosas que que tambien admiro, la elecciòn de las imágenes y música que acompañan su blog y sus letras!Mis respetos y admiración de siempre.Sabe ser un gran artista hasta en la elección de las imágenes.
Meu querido amigo
ResponderExcluirQue maravilha...Pessoa é imortal.
Beijinhos
Sonhadora
Esta é uma das minhas pinturas favoritas do Dali!
ResponderExcluirCasada com os versos, ficou perfeita!