16 abril 2010

Poema Sem Graça

adeus
graça
aos gracejos estúpidos
do homem ingrato

a pena que tenho do homem
afunda como o branco da pena da garça
no negro do óleo que escorre
sem graça nenhuma

vai-te em graça
como símbolo gracioso
de tudo aquilo que morre:
a Deus
garça

e o que resta
à humanidade (in)graçada?
a des...
graça.

9 comentários:

  1. Um espaço de reflexão aqui, poemas sempre de conteúdo.

    Beijo.

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  2. Esse poema tem cara de fado. Adoro fados também.
    Abraço Alessandro

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  3. Reiffer, o poema carrega certa indignação, que bem transformaste em poesia.

    bjs.

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  4. Inteligentíssima e surpreendente a construção deste poema. Meus parabéns!

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  5. Um poema muito profundo e reflectivo, gostei muito.

    beijinhos

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  6. Fantástico o jogo com que você fez com as palavras, além, é claro, do teor de seu poema. É lamentável a situação da humanidade, gera sim indignação - muita - e tristeza por um posicionamento tão medíocre de seres tão repletos de potencialidade, a qual deveria ser usada na realização do bem e de um mundo melhor.
    Mais uma vez, belo trabalho! Abraço.

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  7. Muito bom o jogo com as palavras.
    É assim: enquanto uns brincam com a vida, outros, com a poesia.

    Não foi Nietzsche quem disse que os poetas sabem se consolar sempre?

    Com amizade,

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  8. Interessante o jogo que fizeste com as palavras, trazendo no seu intimo uma subjetividade fascinante meio que sobre o futuro da humanidade do ponto de vista de um misantropo.

    Aryane Pinheiro

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