28 janeiro 2010

Sobre a Casa do Poeta: e-mail enviado a Júlio Prates

Prezado Júlio: a divulgação para a mídia não cabia a mim, não era minha função, e, com toda a sinceridade, não sei como ela foi feita. Apenas divulguei em meu blog, e convidei assim a todos os meus leitores, deixei isso bem claro em minhas postagens. Convites particulares para eventos desse tipo eu não mando e nunca vou mandar, pois entendo que convites individuais para essa categoria de evento não são necessários. E eu não afirmei que não houve envolvimento de recursos públicos em nenhum momento. Mas não fui eu quem os buscou, até porque, sempre que fui buscá-los como auxílio para meus livros, foram-me negados, enquanto para outros, foram dados. Para os seus foram dados? Faço a mesma pergunta que você me fez. Por que para uns sim e para outros não? Isso não é também uma panelinha? Por que você não fala também desse tipo de panelinha? Ou da panelinha do Expresso? Eu não ando atrás de ajuda de políticos para nada, não sou responsável pela busca de recursos dentro da Casa do Poeta. Sou o diretor de Literatura. Posso falar de qualquer político porque não tenho o rabo preso com nenhum deles. Falo inclusve de nosso prefeito atual: ele gosta muito de usar o nome de Terra dos Poetas, mas na hora de apoiar efetivamente os poetas que produzem em nossa terra, e eu não tenho medo de dizer que atualmente sou um dos poetas mais produtivos de Santiago e um dos que mais têm divulgação fora daqui, na hora de ajudar os poetas, ele não o faz. No meu caso, não o fez.

Você diz que é necessário dar ciência à sociedade da diretoria da Casa dos Poetas. Até onde sei, foi dado, de acordo com as possibilidades da Casa, inclusive financeiras. Só que a sociedade também não se interessa em saber. E você diz que não pode se enfiar nas reuniões da diretoria sem ser convidado. Claro que não, você não faz parte da diretoria. E eu não disse que você poderia participar delas. Disse que você pode participar de qualquer evento aberto, como cafezinhos literários e o fórum sem necessitar de convite individual. Pode participar e expor todas as suas opiniões sobre a Casa. Pode participar e se associar a qualquer momento, e uma vez sócio, pode formar uma chapa para formar uma diretoria para concorrer na próxima eleição. Se você tem argumentos contra a Casa, por favor, participe do próximo cafezinho e exponha seus argumentos para todos nós. Eu mesmo o avisarei de quando for ocorrer o próximo cafezinho. Gostaria muito que você participasse, pois admiro muito todo seu senso crítico.

Como disse, de minha parte, a Casa do Poeta estará sempre aberta a todos que quiserem participar. Mas convites particulares, em meu nome, ninguém vai receber. Se vai receber em nome de outros membros da diretoria ou da presidência, isso é com eles.

3 comentários:

  1. Amigo, o patrocínio de livros depende de Projetos via LIC. Até é muito fácil consegui-los. Se arruma uma empresa, pela LIC federal, que tenha IRPJ a recolher e pronto. Eu fiz isso no meu último livro, por exemplo. O mesmo pode ser feito pela LIC estadual. Existe até uma lista de empresas em Santiago que podem fazer tais deduções...quero-quero, AES SUL, Benoit, Becker, Banrisul, BB SA, CEF, Bradesco, Itaú...A rigor, são incentivos culturais, que qualquer pessoa pode usar, e eu sempre usei isso. E mais, luto por uma LIC municipal com deduções nos créditos de IPTU, a exemplo do que já existe em várias cidades do Estado, Santa Maria, por exemplo. As prefeituras, inclusive a nossa, fazem os encaminhamentos e os projetos. As pessoas que estão a frente desses departamentos locais, cito o professor Noé e o Rodrigo Neres (que assumiu recentemente) não são de discriminar e optar por uns em detrimento dos outros. Por isso não acredito em panelinha no que não depender deles. Agora, como eu te disse, existem projetos com formalidades e ritualísticas e esses devem ser cumpridas. Eu fiz vários projetos, Paulo Stekel, Eduardo Fialho, Eliziane, Girelli, os meus,do Andrei, do curso de Direito da URI, volume I, entre outros...e todos sempre foram aprovados. O poder público não pode é sair bancando um livro pura e simplesmente, até porque todos os empenhos passam pelo crivo do Tribunal de Contas, isso explica porque muitas pessoas vão pedir patrocínios diretos para CD e Livros e não conseguem...o executivo fica de mãos amarradas nesses casos. Agora, se for com projetos, com certeza eles encaminham. Credo, a Mônica Leal é uma pessoa superaberta e vive dando cursinhos sobre como proceder nesses encaminhamentos via LIC. E agora com o Rodrigo a frente do dep. de cultura, eu não tenho a menor dúvida que os projetos vão florescer. Mas, acho grave e isso devia ser uma bandeira de todos nós, é a TERRA DOS POETAS não ter uma LIC MUNICIPAL. Por fim, eu acho que o próprio poder público municipal devia ter uma rubrica específica para ajudar no fomento de livros e CDs, mas isso depende de pressão nossa, cobrança e organização. Tu sabes bem que a minha maior bandeira na Cultura é a viabilização de tais incentivos. Eu sei o quanto é importante e o quanto as pessoas se sentem felizes, integradas e incluídas quando conseguem publicar um livro, por mais singelo que seja. É uma emoção ímpar. E - sinceramente - não vejo isso difícil hoje em dia.

    Só não vou falar na panelinha do Expresso, não participo dela, sequer sei o que acontece por lá.

    Um forte e cordial abraço.

    ResponderExcluir
  2. Ninguém ganha do verborragia de esquerda e prática de direita.

    ResponderExcluir
  3. Estranhas tuas críticas ao Expresso Ilustrado. Se tu criticas e tanto desdenhas o Jornal, por que é queres aparecer lá?

    Está certo o Editor João LEMES em mandar te cortar, eu faria o mesmo. Mas não podes dizer que o Jornal não dá cobertura ao Evento do Poetas.

    att

    ResponderExcluir