Não sou homem de cobrar nada dos outros. E detesto que cobrem de mim. Os únicos que devem ser cobrados sem tréguas são os políticos, pois em sua maioria são parasitas que vivem e enriquecem à custa do dinheiro, do sofrimento e da ignorância do povo.
Dito isso, não concordo com cobranças para com aqueles que não foram ao Fórum de Literatura promovido pela Casa do Poeta de Santiago, entre outras instituições. Quem não quer ir, não vai, ninguém é obrigado. Eu mesmo não fui em vários eventos ditos literários. Se eu não quero, não vou.
Mas também não concordo com o julgamento do amigo Júlio Prates de que era necessáro convite particular para ir ao evento. O evento era aberto para todo mundo, nunca foi fechado ou eletista como ele afirma. Os convites particulares podem ou não ser enviados nesse caso. Não é algo imprescindível, muito pelo contrário, a maioria das pessoas que foram não receberam convites particulares. Eu, sendo parte da diretoria, não enviei convite para ninguém. Não sei se o presidente, o Pasini, enviou. Se enviou, ele tinha o direito, e eu não tenho nada a ver com isso. O Pasini tem o pensamento dele, e eu, o meu. Eu não o fiz porque julgo que seria uma forma de pressão para com a pessoa, e detesto pressões. Qualquer um era livre para ir ou não. O evento foi divulgado a todos, eu mesmo divulguei em meu blog várias vezes. Não era um lançamento particular de livro, que aí sim necessitaria de convite.
Quem quisesse participar, bastaria chegar ao local, fazer a inscrição, que seria muito bem recebido. E se quisesse vender seus livros ali, era só falar comigo mesmo, eu era o responsável para isso, junto com o Luiz Paulo Milani, outro membro da diretoria. Mas não enviei convites para tanto. A ninguém. Isso era aberto a todos os participantes do evento. Para que convites particulares para um evento que era aberto a toda a sociedade? Isso sim seria eletista.
E não sei por que essa história de que a Casa do Poeta é uma panelinha, se todos podem participar dos cafezinhos literários, e de qualquer outro evento, sem precisar fazer parte da Casa, sem precisar se associar, sem precisar de nada. Basta ir e expor sua opinião, o seu pensamento, o seu sentimento, a sua obra. E se quiser continuar a ir sem se associar, pode fazê-lo. E se quiser se associar, na hora mesmo isso será feito. Liberdade total e absoluta. Falta divulgação dos dias e horários dos cafezinhos? Talvez poderia haver uma divulgação maior por parte da imprensa, pois a divulgação é feita pela internet. Por que a imprensa não divulga? Panelinha é o que ocorre, por exemplo, no jornal Expresso Ilustrado, que possui a coluna Rotação Literária da qual fui proibido de participar pelo chefe do jornal. No entanto, o chefe desse jornal pode, tranquilamente, participar da Casa do Poeta.
Será que não gostam da diretoria da Casa do Poeta? Tudo bem, ninguém é obrigado a gostar dela. Se alguém quiser mudar a diretoria, basta se associar à Casa e compor uma chapa. Qualquer santiaguense pode fazer isso, basta se associar. A associação é muito barata, apenas três reais por mês. Não cobre nem as despesas da Casa. Qualquer um pode se associar, seja escritor ou não. Depois haverá a eleição. E todos os sócios votam. Quem não vai é porque não quer, não por falta de conhecimento, ou por qualquer outro impedimento. E se ainda não tinha conhecimento, agora está tendo. E se não quer ir, não serei eu que irei pressionar a fazê-lo. Nunca o farei.
Não posso admitir que afirmem que faço parte de uma panelinha. Detesto panelinhas, e sempre lutei contra elas. Lutei, sozinho diga-se de passagem, contra a panelinha formada pelo Oracy Dornelles e seus sequazes em torno da literatura em Santiago. Não será agora que formarei uma panelinha, ou que contribuirei para que ela se forme. Apenas não sou uma pessoa de andar atrás dos outros para que façam isso ou aquilo. Se alguém quiser participar da Casa do Poeta, de minha parte, será absolutamente muito bem recebido. Quem quer que seja. Inclusive o Oracy. Eu mesmo farei a associação. O convite está feito. Mas se não quiser, eu não irei correr atrás. E ponto final.
Me gusta lo que has escrito.
ResponderExcluirPrezado amigo Alessandro, eu nunca soubem ,em nenhum momento, se tratar de um evento aberto. Ademais, reclamei também como jornalista militante que nunca recebi um e-mail com um release sequer para divulgar o Evento. Altamente contraditória suas palavras, pois outros veículos de imprensa receberam notícias,releases, convites etc...assim como escritores outros, o que para mim mais reforça a ideia de que se trata sim da PANELINHA. Por que uns, e outros não? E não venha me dizer que não houve envolvimento de recursos públicos, aí vou dizer que vc ou é ingênuo ou está faltando com a Verdade.
ResponderExcluirPrezado Júlio: a divulgação para a mídia não cabia a mim, não era minha função, e, com toda a sinceridade, não sei como ela foi feita. Apenas divulguei em meu blog, e convidei assim a todos os meus leitores, deixei isso bem claro em minhas postagens. E eu não disse que não houve envolvimento de recursos públicos em nenhum momento. Mas não fui eu quem os buscou, até porque, sempre que fui buscá-los como auxílio para meus livros, foram-me negados, enquanto para outros, foram dados. Para os seus foram dados? Faço a mesma pergunta que você meu fez. Por que para uns sim e para outros não? Isso não é também uma panelinha?
ResponderExcluirComo disse, de minha parte, a Casa do Poeta estará sempre aberta a todos que quiserem participar.
Amigo, o patrocínio de livros depende de Projetos via LIC. Até é muito fácil consegui-los. Se arruma uma empresa, pela LIC federal, que tenha IRPJ a recolher e pronto. Eu fiz isso no meu último livro, por exemplo. O mesmo pode ser feito pela LIC estadual. Existe até uma lista de empresas em Santiago que podem fazer tais deduções...quero-quero, AES SUL, Benoit, Becker, Banrisul, BB SA, CEF, Bradesco, Itaú...A rigor, são incentivos culturais, que qualquer pessoa pode usar, e eu sempre usei isso. E mais, luto por uma LIC municipal com deduções nos créditos de IPTU, a exemplo do que já existe em várias cidades do Estado, Santa Maria, por exemplo. As prefeituras, inclusive a nossa, fazem os encaminhamentos e os projetos. As pessoas que estão a frente desses departamentos locais, cito o professor Noé e o Rodrigo Neres (que assumiu recentemente) não são de discriminar e optar por uns em detrimento dos outros. Por isso não acredito em panelinha no que não depender deles. Agora, como eu te disse, existem projetos com formalidades e ritualísticas e esses devem ser cumpridas. Eu fiz vários projetos, Paulo Stekel, Eduardo Fialho, Eliziane, Girelli, os meus,do Andrei, do curso de Direito da URI, volume I, entre outros...e todos sempre foram aprovados. O poder público não pode é sair bancando um livro pura e simplesmente, até porque todos os empenhos passam pelo crivo do Tribunal de Contas, isso explica porque muitas pessoas vão pedir patrocínios diretos para CD e Livros e não conseguem...o executivo fica de mãos amarradas nesses casos. Agora, se for com projetos, com certeza eles encaminham. Credo, a Mônica Leal é uma pessoa superaberta e vive dando cursinhos sobre como proceder nesses encaminhamentos via LIC. E agora com o Rodrigo a frente do dep. de cultura, eu não tenho a menor dúvida que os projetos vão florescer. Mas, acho grave e isso devia ser uma bandeira de todos nós, é a TERRA DOS POETAS não ter uma LIC MUNICIPAL. Por fim, eu acho que o próprio poder público municipal devia ter uma rubrica específica para ajudar no fomento de livros e CDs, mas isso depende de pressão nossa, cobrança e organização. Tu sabes bem que a minha maior bandeira na Cultura é a viabilização de tais incentivos. Eu sei o quanto é importante e o quanto as pessoas se sentem felizes, integradas e incluídas quando conseguem publicar um livro, por mais singelo que seja. É uma emoção ímpar. E - sinceramente - não vejo isso difícil hoje em dia.
ResponderExcluirUm forte e cordial abraço.