permita-me
que eu me apresente
pois quando eu venho
já é tarde demais...
a minha face
não se revela no antes
mas não que eu não esteja
entre o todos
estou
como sendo um filho
criado em oculto
que nem se conhece
e nem se sabe que se cria
sou o filho de quem me negam
e quando ainda não sou conhecido
levo a face incógnita
que se parece amor
como se eu fosse um outro
daquilo que é o ser em mim
estão todos certos
de que eu nunca serei
que me sou impossível
e que minha vinda
é o próprio absurdo
filho bastardo
que julgam abortado
a princípio
enquanto cresço
eu nem existo
mas quando venho
(e eu sempre venho)
curvam-se à minha face
o meu nome?
O Horror
* Poema inspirado em O Coração das
Trevas, de Joseph Conrad
E sempre tem quem permite a vinda dele...
ResponderExcluirConseguiu me deixar horrorizada, rs...
ResponderExcluir... e ainda assim encantada com as descrições tão bem construídas!...
Beijos =)
Espetacular, Reiffer!!! Sentia saudade dos seus escritos...
ResponderExcluirAbraço