vós me perguntastes
em algum (de nenhum) tom
entre o fútil e o vago
(como se perguntar
respondesse a algo)
o para quê?
serviria um poeta
respondi
(como se nem estivesse aqui)
que poeta
(se poeta)
não serve pra nada
e não serve a ninguém
poeta
(seja nada ou seja triste)
é o que ainda resiste
em ser-se
a função do poeta
é ser o ser em si
num mundo
onde todos são como todos
e ninguém é ninguém
sou-me
(ainda que um além)...
mas jamais
ser-vos
Ser sem ser é a sina do poeta.
ResponderExcluirAdmirei o trecho:
ResponderExcluir"num mundo onde todos são como todos
e ninguém é ninguém".
O poeta sente todas as coisas dentro dele e escreve... Mas permanece nessa quietude eterna.
ResponderExcluirComo um silêncio composto por palavras.
Adorei o poema!
Beijos.
Fantástico Al!
ResponderExcluirGostei muito!!
Um ótimo fim de semana
Beijo
Sónia
Não saberia conjugar tão bem!...
ResponderExcluirO existencialismo ganhou uma roupa intensa nas suas linhas...
Gostei muito!
Beijos =( (hoje estou triste e não finjo - rs... isso foi engraçado)
O poeta é um ser formado de versos e de sentir!
ResponderExcluirGostei demais!
Não consigo ver o mundo sem a sensibilidade dos poetas...Amo poesias.
ResponderExcluirBjo e ótimo fim de semana
Gostei bastante, Al, os meus parabéns. É interessante como escreve num português que não é tipicamente o que se usa no Brasil, fazendo uma espécie de ponte entre os dois países e universalizando a linguagem. (Ou seja, o poema podia ser de um poeta de Portugal.) O final também está particularmente bem conseguido. Abraço.
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