02 julho 2012

Há?

há lago o princípio do verso
com o que há-de há na minha sina
há salto em que havia em teu verbo
que há vôo
há queda
e há lado
busquei no que passa o que há sombra
mas o que havia era o que não é
ou o que não há

aah...
há sempre menos no que há de mais
o que há funda (me)
é o que há no céu
e há as sentenças
que vós há sinais
por onde há rasto
o meu há lento
por onde (há) olhar
e por fim há sopro
há claro
há solo
alago
mas...
não há mar

6 comentários:

  1. Sensacional!...

    Hão... lindas construções!...

    Tristemente belo!

    Beijos =)

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  2. Bonito poema, Reiffer, gostei!

    Beijo grande!

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  3. Por vezes também me alago e mar não há. Poema reflexivo e muito bem construído. Gostei das palavras.

    Beijos, Reiffer ;)

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  4. Certamente um dos teus melhores.
    ótima construção. Muito foda!

    té mais

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  5. E eu querendo tanto a imensidão do mar, por causa do que me causa amar...

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  6. Contradição profunda
    pois a metáfora do mar
    é que ele é tudo
    é lindo e azul
    mas o poeta em versos
    dialéticos
    perdido em si
    se encontra noutro
    novamente
    mas o mar não há
    talvez uma mensagem

    poemaço - poemático

    Luiz Alfredo - poeta

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