Apenas transcrevo a notícia veiculada no jornal Correio do Povo do dia 24 de março deste ano, na página 14:
"A década de 2001-2011 foi a mais quente registrada desde 1850 (ano em que tiveram início os registros climáticos) em todos os continentes do globo, indicou a Organização Metereológica Mundial (OMM), organismo ligado às Nações Unidas. A temperatura média durante esta década foi de 14,46 ºC, ante 14,25°C em 1991-2000 e 14,12ºC em 1981-1990.
'As mudanças climáticas se aceleraram durante esta década', afirmou a OMM, acrescentando que o 'ritmo de aquecimento desde 1971 é notável'. Segundo a OMM, o retrocesso constante da camada de gelo do Ártico é uma das principais características da evolução do clima nos últimos dez anos.
Em relação à década 2001-2010, o ano de 2010 foi o mais quente observado desde 1850, com uma média de 14,53ºC, seguido de perto por 2005 (14,51). Fenômenos atmosféricos como o La Niña 'esfriaram o clima em alguns anos', mas não interromperam a 'tendência geral do reaquecimento'. 'O mundo está aquecendo por causa da atividades humana e isto está resultando em um impacto potencialmente irreversível', declarou o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud." Até aqui a notíciaa do referido jornal.
Com relação à irreversibilidade do aquecimento, conforme notícia veiculada pela Reuters (aqui), o cientista Will Steffen, diretor-executivo do instituto para a mudança climática da Universidade Nacional Australiana, em uma conferência em Londres, "Essa é uma década crítica. Se não revertermos as curvas nesta década, vamos ultrapassar esses limites". Steffen continua: "Estamos no limiar de algumas grandes mudanças. Podemos... limitar o aumento das temperaturas a 2ºC, ou cruzar o limite além do qual o sistema passa para um estado bem mais quente."
De acordo com a Reuters, "no caso das camadas de gelo, cruciais para desacelerar o aquecimento, esse limiar provavelmente já foi ultrapassado, segundo Steffen. A capa de gelo da Antártida ocidental já encolheu na última década, e a região da Groenlândia perde 200 quilômetros cúbicos de cobertura por ano desde a década de 1990.
A maioria dos especialistas prevê também que a Amazônia se tornará mais seca em decorrência do aquecimento. Uma estiagem que tem matado muitas árvores motiva temores de que a floresta também poderia estar perto de um ponto irreversível, a partir do qual deixará de absorver emissões de carbono e passará a contribuir com elas.
Cerca de 1,6 bilhão de toneladas de carbono foram perdidas em 2005 na floresta tropical, e 2,2 bilhões de toneladas em 2010, o que reverte cerca de dez anos de atividade como "ralo" de carbono."
Sem mais.
Caro Reiffer,
ResponderExcluirComo fui criado por meus avós, tive o privilégio de aprender várias coisas, dentre elas, a observar o ciclo das plantas. E nós comentávamos que as floradas estavam fora de época, que as folhas estavam diferentes, os frutos não medravam como antes e muita erva (até mesmo daninha) estava desaparecendo; as estações se confundiam e algumas flores, como as orquídeas, não floresciam como antes... A Natureza fala. O Homem não sabe ler.
Um bom texto transcrito.
Abraços de quem o segue,
Gosto muito de vir aqui me informar mais ;)
ResponderExcluir... E achei extremamente relevante o comentário do Richard!
Beijos =)
As condições de vida na terra cada vez piores e quase ninguém toca nesse tipo de assunto, e se toca, é superficialmente, ano de campanha para prefeitos, muito deles botam o meio ambiente em primeiro lugar, vish, e ganha para o lado deles um monte de retardados pseudo-ambientalistas, ¬¬'
ResponderExcluirabraço, ana karoline.