a palavra
quando é bem dita
nunca é a que está escrita
poesia é o que não se espera dela
é o que pulsa pelo onde que não é
do outro lado de um outro além
de sombra cristalina
que não se encontra
nem aqui nem na china
a minha palavra
que agora está a te atingir
está a tingir-te de outro vinho
mais tinto
que tu não vês
a poesia é um sangue espalhado
entre o de mim
e o em vocês
surgida de onde não se quer
e daquilo que não se aceita
a poesia é o que há de mais sublime
saído da vida mais imperfeita
a poesia
é um ar que trago
mas não respiro
por isso é que errei em tudo
para acertar com minha palavra
como se fosse um tiro
QUE COISA MAIS LINDA, REIFFER!
ResponderExcluirA cada dia, uma surpresa boa por aqui. Perfeito, poesia é assim.
Beijos
Mirze
Assim como as cartas de Rilke(...) as palavras tornan-se donas de si próprias mediantes a vida que as fazem mas não as entendem. Tiradas das entranhas são elas o vinho que contagia o sangue.
ResponderExcluirA palavra é arma, certeza. E nem todas as armas ferem, tudo depende do manejo.
ResponderExcluir;)
Muito bom, moço, muito bom!
Um beijo.
Óh, fui atingido!
ResponderExcluirReiffer, meu querido
ResponderExcluirVocê tem uma pontaria ...
Atinge-me, sempre, com seus versos, da forma mais absoluta...
Lindo!
Abraço
E tuas palavras são como agua limpida, formando um oceano de cristalinas emoções.
ResponderExcluirBjos achocolatados