08 junho 2011

A Palavra que Não

qual é a palavra que é a necessária?
qual é a que deve ser dita?
qual afinal a sua dita?
devo encontrar o que não pode
em contra algum vir de encontro?
talvez  ela existir
seja o meu próprio confronto
talvez resulte em palavra mágica
que ao ser dita me desfaça
veneno tragado
como vinho em taça
ou talvez seja exata a aquela
que a(s)cende o que é febre na vela...

há uma
palavra
perdida em tudo que faço
tudo que faço é lançar o meu laço
em meio do horror em que escrevo
que se caótica aceso
aquela palavra que Deus disse
que talvez não (me) existe:
pensei que estivesse
nas auras de algum átomo
e depois
na deusa de uma estrela...

(eu que a busquei tanto)
encerro este poema
sem ter conseguido dizê-la

por enquanto...

5 comentários:

  1. Reiffer... To tão pra baixo... Procuro uma palavra, uma palavra perdida. Ela está em algum lugar da vida. É uma palavra perigosa, de dois significados: sim e não. Depende de quem a encontrar.

    Abraços.

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  2. Tenho vindo pouco aqui e o motivo é o mais imbecil possível. Costumo ler os blogs no Google Reader e as letras do teu blog -- brancas ou quase (lembre que sou daltônico) -- ficam quase ilegíveis lá. Vou me disciplinar para clicar e vir ao blog. Afinal, acabo de ver que perco muito não fazendo isso.

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  3. Parabéns, Reiffer pelos seus belos textos...Desde de já, agradeço sua visitinha... O seu blog tá lindo e o conteúdo é sem palavras.rs.rs...
    Abraços poéticos!

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  4. E que palavra é essa? Pura fonética! E as palavras que não são ditas e nem pronunciadas na mente? A palavra que se sente, enfim?
    Belíssimo texto!

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