se fosse um quando antes ao depois
talvez agora eu estivesse
mas sempre é tarde
quando se chega cedo
quando se pensa na oportunidade
o que é possível já passou
se te lacei um raio de sol
é porque ao laço já me raia a lua
porém
talvez quando
o tudo já for passado
venha o retorno da hora da volta
quando não se deseja e não se espera
a observação é silêncio por si
(observe apenas)
(observe apenas)
e é como a serpente
que se envolve em seu vago
e atenta-se quando o atento se distensa
o vento velado sempre passa
e há que se laçar seu passe
naquele instante que é
e não podia de-ser:
o que há-de, sempre haverá
quando ao que de si se sai
não houver saída
será o meu desígnio
o de beijar-te a (à) vida
As vezes precisamos pensar em nossas palavras, parar e observar cada detalhe, cada sentindo antes de finalmente falar.
ResponderExcluirPrecioso.
ResponderExcluirBesos.
Um belo vendaval, poético.
ResponderExcluirMuito bom.
ResponderExcluirVc escreve a vida como é: ríspida, o fim sempre ao lado, mas poética.
ResponderExcluirBom ler poetas com quem muito nos identificamos!
Um momento de prazer...
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