infiltrando-se pelas avenidas
da degradação das metrópoles
e rastejando pelos corredores
da decadência das instituições
ela penetra na toca dos tribunais
exala seu cheiro úmido
na espuma do balbuciar das autoridades
e se ouve seu hipnótico mantra
perfurando com peso imperceptível
o vácuo das declarações dos políticos...
abrindo caminho pela sala das universidades
e lambendo com língua lânguida
as lépidas teorias dos intelectuais
ela vai formando ser círculo cíclico
e entre as máquinas das indústrias e usinas
e quieta e lenta no silêncio dos laboratórios
enroscada
ela já prepara seu bote
e o fim da picada...
ARRASOU, Reiffer!
ResponderExcluirEssas serpentes estão sempre presentes em nosso mundo atual.
Excelente!
Beijos
Mirze
ARRASOU, Reiffer!
ResponderExcluirEssas serpentes estão sempre presentes em nosso mundo atual.
Excelente!
Beijos
Mirze
Realmente a melhor vestimenta pra tudo isso, serpentes que derramam veneno. Vc como sempre perfeito.
ResponderExcluirEngraçado que ao ler o teu poema me veio à ideia a justiça em Portugal!
ResponderExcluirAbraço
Enroscada, se farta de hipocrisias e se agiganta e nos devora lentamente...Indiscutivelmente belo...Minha admiração.
ResponderExcluirElas sempre chegam.
ResponderExcluirGostei do leve humor no fim da picada...
beijo
sempre forte e intenso.. real e perfeito!
ResponderExcluirbeijo Reiffer