16 abril 2011

da Minha Arte

da minha (p)arte
poeta é olho
ser minha sina
ser fim sozinho
do meu espinho
poeta é nunca
que nunca seque
bater meu peito
do meu desfeito
poeta é pulso
fazer que sinta
ser tinta e nota
da minha porta
poeta é ir-se
tirar à lágrima
em anjo adejo
do meu desejo
poeta é lábio
que eu sempre sangue
teu beijo forte
de minha sorte
poeta é nada
querer que venha
o que partida
de minha vida
poeta é morte
olhar em tudo
virar em alma...

sem uma palma.

6 comentários:

  1. "a tua arte", uma obra de arte. Gostei muito, intenso ritmo que nos arrasta com força. Esplêndido! Abraços!

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  2. Não é fácil manter a alma e mostra-la é solitário o caminho.
    Gostei muito do poema e do ritmo.
    beijos

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  3. Há uma musicalidade, um ritmo familiar, talvez uma pequena valsa, um pra lá, um pra cá...

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  4. Perfeito Reiffer...gostei muito bem como os outros, mas este parece"fa- lar com a alma".

    Abraços!!!

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