parar de pensar
e não dizer nada com nada
nenhuma alguma a ser entendida
ou entediada
sono o vasto do campo
em minha amada de amada
o campo é o campo
e não se precisa explicá-lo
sente-se mais a dor
do que o significado do calo
por isso é que não me calo
quando ao nada me resta há falar
o que vale é que ao vale a cavalo
e além do que penso
(por isso é que não me canso)
o universo é mais denso
quanto te perco meu senso
entre o incenso e o luar
(a isso é que vago te danço)
versar é no Nada cavá-lo
não quero de verbos modernos
desses de deletar
quero o que se grave e antiga
em todas as eras
e tu que me esperas
nos parassempres do ar...
amar é sempre ter ido:
ser poeta é não fazer sentido
Ser poeta é não fazer sentido...
ResponderExcluirUma das coisas mais significativas e verdadeiras que já li. Guardei em meu caderninho.
Lindo demais
Bjos achocolatados
Obrigado por seguir a minha página, espero que a publicação dos seus poemas seja com muitos espectadores.
ResponderExcluirMerci,
Tristan.
Eu ja comentei contigo que teus poemas são como um tapa na cara, tras pra realidade.
ResponderExcluirVc é muito bom
Lindo, REIFFER!
ResponderExcluir"Amar é sempre ter ido"
Lindo demais todo o poema!
Abração, poeta!
Mirze
Simplesmente genial!
ResponderExcluirPoeta
ResponderExcluirComo sempre fascinação.
amar é sempre ter ido:
ser poeta é não fazer sentido
Uma verdade que os poetas entendem bem, fez-me lembrar este pequeno texto de Florbela Espanca:
O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!
um beijo
Sonhadora
poema incensado de uma ausência cultivada. Drumond falou na falta:
ResponderExcluir"por muito tempo achei que a ausência é falta
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim..."
abraços!
...nos parassempres do ar...
ResponderExcluirCoisa mais linda, Reiffer!
Puro encantamento o seu poema!
Mais que demais...
Abraço apertado da
Zélia
Parabéns pelo blog e pelos livros.
ResponderExcluirObrigada pela visita.
Veja o outro blog:
www.espartilhodeeme.blogspot.com
Maria Maria
Excelente! Ler vc é sempre intrigante e faz o tempo voar.
ResponderExcluirAbraço!