há que se ter cuidado
com a sede de vida
pois o que está na sede da alma
tem sede maior ainda
sede cauteloso:
não se pode saciar ambas
pelas cordas bambas
como quem come um pêssego
e solta o caroço
pelo poço..
nem tudo é eu posso:
às vezes fica tarde
e noutras – tempestade
e pode (m)olhar sol ou chuva
sobre o jardim...
nem tudo é tão simples assim:
é belo colher a tulipa
e derramar suas pétalas
e se fitar a verde trilha
como se tudo fosse
só maravilha...
mas a vida não é só soprar
e fazer espuma:
por trás do arbusto de flores
se oculta o silêncio
do bote do puma...
Senti-me uma lebre pastando enquanto é observada pelo lobo...
ResponderExcluirrealmente, saciar as 'duas sedes' é algo inviável, como traduz o seu poema. penso no ser e no dever ser... explendido.
ResponderExcluiro silêncio ocupa, daí resulta uma bela reflexão :)
ResponderExcluirbeijos
Ah, esta poesia natural que tens, versos que aguardam silenciosamente para dar O bote, abraços.
ResponderExcluirOlá, vim dizer que lhe deixei um selo no Contos por Shyori.
ResponderExcluirBeijos mordidos...
Interessante as idéias expostas nesses versos, que dizem respeito a relação do homem com a vida e o que nela se inclui, o que oscila entre o fantasioso e a realidade afoita. Parabéns...
ResponderExcluir