Sinto-me na obrigação de comentar um pouco sobre a Casa do Poeta de Santiago, tendo em vista a discussão que está ocorrendo sobre a mesma em nosso universo blogueiro. Pouca coisa, de forma simples, sem frescuras.
Eu não participei do evento recente da Casa do Poeta por um motivo extremamente simples: eu não gosto desses eventos. Admito, reconheço sua importância, mas não gosto, é algo extremamente pessoal. Prefiro participar dos cafezinhos. Pelo mesmo motivo não participei da Feira do Livro. Mas o evento da Casa do Poeta foi um sucesso e eu parabenizo aos que o tornaram possível. A Casa existe, eu ajudei a fundá-la, e não me arrependo. Apesar de andar um pouco afastado da mesma, por inúmeros motivos, que são pessoais, sei o quanto ela é importante para o nosso município, o quanto já fez e o quanto ainda fará. Tenho amigos lá que admiro e respeito, e se tivesse lá inimigos, eu respeitaria a Casa da mesma forma, e entenderia a importância de seu papel.
Poderia discordar da Casa e poderia me manifestar contra, como faz o poeta Froilam, ele está no seu direito. Qualquer pessoa pode se manifestar contra ou a favor dela. Eu julgo que devo ser a favor da Casa. Outros julgam que devem ser contra. Não vejo nenhum problema nisso. Cada qual tem suas opiniões. E ninguém é proprietário da verdade. Aqui em Santiago há pessoas que não gostam de mim, não gostam do que escrevo, e isso pouco me importa. E se falassem mal de mim dentro da Casa do Poeta, eu iria entender assim: isso é a literatura. Se estamos na chuva é para se molhar. Por que partir para brigas inúteis?
Se um dia eu tiver inimigos lá dentro, paciência. Cada um cumpre o seu papel. Eu escrevo. Ponto final. Não gosto da literatura de Paulo Coelho, mas ele tem uma excelente frase: "Os escritores escrevem, os leitores leem e os críticos criticam". Eu, quando julgo que devo criticar algo, eu o faço. E todos têm esse direito. Assim como todos têm o direito de escrever o que quiserem. Se bom ou ruim, só o tempo irá dizer.
Todos temos erros e acertos. A Casa tem seus erros e acertos. Eu tenho meus erros e acertos. Da mesma forma é com cada membro da Casa e com cada crítico da Casa. Deveríamos aprender a conviver com nossas imperfeições e nossos erros.
Se eu escrever um poema ou um conto, estarei sujeito a críticas e a elogios. Aceitarei ambos, o que não significa que eu concorde com a crítica ou com o elogio. Se a Casa do Poeta realizar um evento, estará sujeita a críticas e a elogios. E aqueles que criticam ou elogiam estarão, por sua vez, sujeitos a críticas e a elogios por terem criticado ou elogiado. Assim é. Cada um deve arcar com as consequências de suas ações, SERENAMENTE, sejam elas boas ou ruins. Nada é feito impunemente. O que não significa que não deva ser feito. Pelo contrário: o pior castigo vem para os que nada fazem. Devemos sempre seguir os ditames da nossa consciência. Essa é a única lei.
Erros, acertos...Consciência. Que valha sempre a NOSSA lei. Mesmo que às vezes meio "fora-da-lei"...
ResponderExcluirMuito boa reflexão.
ResponderExcluirbeijos
-castigo vem para os que nada fazem-
ResponderExcluirEs verdade, muitas veices nao fazemos nada por no ter um erro.
Saludos
REIFFER!
ResponderExcluirNão conheço a CASA DO POETA DE SANTIAGO, mas conheço outras Casas de Poetas. Sempre com concursos etc...
Gostei do seu confronto e explanação, porque atualmente está ficando difícil escrever sem que achem que há segundas intenções na escrita.
Sempre fui muito clara, e quando há nas entrelinhas alguma coisa e me perguntam, eu respondo.
Corretíssimo!
Beijos, Poeta!
Mirze
O Alessandro Reiffer é um grande amigo e admiro a sua obra literária.
ResponderExcluirFoi o primeiro tesoureiro e hoje está como Diretor de Literatura.
Respeito a sua personalidade e a conduta que possui.
Espero que nossa amizade perdure.
Afinal, uma pessoa você conhece pelo olhar e pelos frutos.
Grande abraço
e obrigado pelo apoio na Casa.