18 janeiro 2011

FARSA: Palavra-Chave do Governo Yeda

Que os governos, os políticos em geral, vivem de mentiras, não é novidade para ninguém. Agora, no governo Yeda essa "verdade" raiou o absurdo. A nossa ex-governadora e sua equipe desenvolveram um trabalho de marketing de fazer passar gato por lebre. Sempre apoiado, do começo ao fim, diga-se de passagem, pelo PP, tão querido aqui em Santiago.

Como disse o Juremir Machado da Silva, em sua coluna no jornal Correio do Povo, já há alguns meses, "marketing é enganação". Aí está a governo Yeda para provar. A começar pelo educação. Foi uma enxurrada de propaganda alardeando conquistas e melhorias e comprometimento com os professores e alunos felizes e contentes e escolas aparelhadas até os dentes, enfim, era tudo uma maravilha. Teve quem acreditasse. Aqui em Santiago, até jornal acreditou. Mas o que se viu foi a educação sendo desmantelada, cortes de verbas, guerra contra os professores, arrocho salarial, desrespeito ao plano de carreira, salas de aula lotadas, autoritarismo, enfim, o diabo. Teve quem acreditasse.

Quem andasse pelas estradas do RS afora veria mais placas do que obras. Chegava a ter placa de propaganda atribuindo uma obra ao governo do Estado onde não tinha obra alguma que pudesse ser vista. Devia ser uma obra em alguma outra dimensão.

E agora, o novo governo desmascarou a farsa do tão propalado Déficit Zero, a maior propaganda do governo Yeda. Era déficit zero pra cá, déficit zero pra lá, tudo era pelo déficit zero. Os professores, por exemplo, deveriam passar fome para que existisse o déficit zero. A única coisa que não poderia ser sacrificada em prol do déficit zero era a casinha da governadora. E os caixas dois. E os desvios do Detran. Porém, parece que o déficit zero corresponde a um déficit de R$ 170 milhões para março. Sou ruim em matemática. Não consigo entender. Quer dizer que zero é igual a 170 milhões? Essa fórmula genial nem Einstein elaboraria.

Segundo o novo Secretário da Fazenda, Odir Tonollier, o governo Tarso herdou R$ 1 bilhão de restos a pagar, sendo que o déficit do caixa único atinge atualmente R$ 4,6 bilhões. O secretário também afirma que os R$ 3,6 bilhões que foram "deixados como herança" do governo Yeda para o governo Tarso são, na verdade, originários de depósitos judiciais e não se apresentam como verba disponível para investimentos imediatos.

Ou seja, mais uma vez, o novo governo começa sua gestão sem dinheiro algum. E pior, devendo. Não haverá aumento salarial para os servidores (para os servidores apenas, pois os nossos queridos deputados, que obviamente ganhavam uma merreca,  já aumentaram, merecidamente, seus próprios salários) e os investimentos serão mínimos. E a ladainha continua... "Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, miserere nobis."

4 comentários:

  1. É...
    E li nesta semana na net que ex-governadores têm aposentadoria após o cargo.

    Mas, já se dizia em A Revolução dos Bichos: todos somos iguais, mas alguns são mais iguais que os outros.

    Verdade? Goebbels nos ensinou muito sobre ela.

    Abs.

    ResponderExcluir
  2. Ah os politicos, haverá algo que os diferencie?
    Bjos achocolatados

    ResponderExcluir