não tenho culpa
se sou um
morro
morro
e minha
água
lava
e leva
e mata
a leva
dos que levaram
a minha
mata
um dia fui só
mata-atlântica
e alegria de araras
hoje sou só
chuva-cáustica
e maresias amaras
há muito tempo
aqui estou
sem saída
e para lado algum
eu corro...
os humanos
sem saída
correm
e morrem
vindo até mim
e eu
deslizando ao fim
morro...
Vc consegue espremer beleza até das coisas mais feias...
ResponderExcluirFaço minhas as palavras da Vampira.
ResponderExcluirDe fato, vc conseguiu fazer um belíssimo poema de um momento historicamente horrível.
Não há como explicar a tristeza que paira hoje sobre o Brasil...
Beijos :(
Penso que os poetas conseguem "espremer beleza" (Vampira Dea)mais na dor que na alegria.
ResponderExcluirSeus versos, como sempre, chegando até mais fundo.
Reiffer
ResponderExcluirtaí o grande veio, a essência de tua poética.
Poema extraordinário!
Concordo com a Vampira Dea.
ResponderExcluirE infelizmente tudo isso que está acontecendo é o reflexo de como os homens tratam sua natureza, o meio-ambiente, enfim a nossa moradia.
Parabéns! Bjsss
É lamentável tudo isso...É também previsível!Cuidar da nossa casa parece ser a mais difícil das tarefas...
ResponderExcluirCom muita inteligência e sensibilidade construíste uma obra prima, parabéns!
ResponderExcluirPoesia sintética repleta de significado. Gostei bastante.
ResponderExcluirAbraços literários!
Tão triste que aconteçam coisas assim nesse pais, por descuido que você retratou muito bem em seu poema.
ResponderExcluirbeijos
É realmente uma pena o que o dinheiro faz com o ser humano!
ResponderExcluirTudo isso poderia ser prevenido se as autoridades fizessem seu papel.
Belo poema, apesar do fato.
Fácil seria se os poemas surgissem apenas das borboletas o do azul do céu. Lindo, adorei!
ResponderExcluirBeijo, querido amigo =)
oi Reiffer!!!!
ResponderExcluirótimo poema ao trágico...
a Natureza é júri, juiz, réu... e Deus!
E viva a diferença...Cada um, à sua maneira contrói os seus significados sobre a vida e a morte...Também amei teu espaço. E te espero de novo.
ResponderExcluirLamento da natureza frente a estupidez humana.
ResponderExcluirUm bj querido amigo.
REIFFER!
ResponderExcluirFazer-se rio e deitar aqui este poema comove até os menos sensíveis.
Cheguei a sentir os olhos marejarem.
Parabéns, poeta!
Erga seu grito!
Beijos
Mirze
"Espremeu beleza" com muito talento... Lindo poema, como sempre.
ResponderExcluirParabéns