12 janeiro 2011

Pedido

mantenha-me
atento-te
ao mim mesmo
e a tudo que me acerca
e ao cerco
que me há pressa
e ao circo
(de esterco)
deste mundo
atenta-me
e tenta-me
versa-me no teu adiante
de paz e de todo instante
e no teu desilusionismo
pro fundo

ao fundo
do meu lago
que nenhuma onda
se afogue ou se abale  
quer por onde
eu vago
quer por onde
eu vale...

(pre)
sinta-me na minha pele
sem motivo ou alarde
que antes da queda
eu pegue
seja cedo ou tarde
seja mau ou bela:

eterna vigília
e alerta sentinela
porque sempre há um crime
entre um alarme e outro
do que é sublime...

5 comentários:

  1. Maravilha, Reiffer!

    Poema gostoso de ler. Suas construções tem ritmos muito bons. E conteúdo, então, nem se fala!

    Beijo.

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  2. Um ritmo e encadeamento muito bom e que se lê quase como uma canção.
    beijos

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  3. Olá!
    Gosto do ritmo e da forma como constrói o poema, construindo e desconstruindo palavras.

    Abraços,

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  4. Poeta querido

    Simplesmente maravilhoso...profundo sentir...no corpo e alma.

    Beijo
    Sonhadora

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